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Boeing 737 Max. Aterragem de emergência em voo de serviço da Air Canada

Um avião Boeing 737-8 MAX da Air Canada, que fazia um voo de serviço com três tripulantes, teve um problema no motor e aterrou de emergência.

De acordo com uma resposta da Air Canada à agência France-Presse (AFP), na terça-feira, pouco depois da descolagem de Marana, no Estado norte-americano do Arizona, os pilotos “receberam uma indicação do motor e, de acordo com os procedimentos operacionais padrão para a situação, tomaram a decisão de desligar um motor”.

“O aparelho foi desviado para Tucson [também no Arizona], onde aterrou normalmente e ainda permanece”, acrescentou a Air Canada, sem precisar a natureza do problema, que ocorreu num “voo de posicionamento” não comercial, entre o Arizona (EUA) e Montreal (Canadá).

De acordo com o site belga especializado Aviation24.be, que revelou inicialmente a informação, foi uma redução na pressão hidráulica do aparelho que esteve na origem do incidente.

O Governo canadiano anunciou a meio de dezembro que tinha validado as modificações feitas à conceção do Boeing 737 MAX, proibido de voar desde há 21 meses, depois de dois acidentes que custaram a vida a 346 pessoas.

No entanto, o aparelho, comprado pelas companhias canadianas Air Canada, Westjet e Sunwing, ainda não recebeu a autorização de voltar aos voos comerciais no Canadá.

A Boeing reiniciou a produção do 737 Max no final de maio e recebeu, em junho, a aprovação da Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos para iniciar testes para demonstrar que pode voar em segurança com o novo software de controlo de voo.

Os Estados Unidos autorizaram em novembro o Boeing 737 MAX voltar a voar, mas várias modificações devem ser efetuadas nos aviões antes de entrarem ao serviço, de acordo com a Agência Federal de Aviação (FAA).

Na semana passada, a companhia brasileira Gol foi a primeira no mundo a retomar o serviço do Boeing 737 MAX, num voo comercial que decorreu sem complicações entre São Paulo e Porto Alegre.

A crise custou vários mil milhões de dólares à Boeing, incluindo as compensações a pagar às vítimas e às companhias aéreas. O caso também levou à demissão do diretor executivo da empresa, levantou dúvidas sobre a solvência da empresa e suspeitas em relação à supervisão relacionadas com com a velocidade com que foi aprovado o Max.

ZAP // Lusa

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