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Boavista 0-1 Porto | Xeque-mate madrugador

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No dérbi número 113 entre “panteras” e “dragões” para o campeonato, a chama dos “azuis-e-brancos” ditou leis e os visitantes fizeram xeque-mate aos homens da casa.

Para tal, bastou um golo de Alex Telles para assegurar o triunfo 80 – e o 11º consecutivo – visitante no confronto directo com o rival boavisteiro. Com os três pontos, a formação forasteira não deixou que o Benfica dilatasse a vantagem na liderança, e por sua vez os donos da casa somaram o segundo desaire seguido na competição.

O jogo explicado em números

  • Eficácia máxima. No primeiro remate do jogo, o primeiro golo. Foi assim no duelo do Bessa quando aos nove minutos Alex Telles, do meio da rua, desferiu uma “bomba” que só parou no fundo das redes “axadrezadas”. Melhor início era impossível para a equipa de Sérgio Conceição, que relativamente ao desaire de quinta-feira frente ao Glasgow Rangers procedeu a quatro novidades no “onze” dos vice-campeões nacionais.
  • Diogo Costa, Loum, Fábio Silva e Marega assumiram as vagas de Marchesín, Pepe, Uribe e Tiquinho Soares. Do lado da equipa anfitriã, Lito Vidigal mexeu em todos os sectores e apresentou seis alterações em relação à derrota da última jornada da prova ante o Vitória de Setúbal com as entradas de Bracali, Bulanto, Ackah, Rafael Costa, Heriberto e Mateus.
  • No segundo remate dos “dragões”, à passagem do minuto 14, o jovem Fábio Silva ficou perto de dilatar a vantagem. Neste período, os visitantes imprimiam um ritmo vertiginoso e iam dominado a seu bel-prazer as incidências do encontro, com mais posse de bola (62%) e mais remates – dois contra apenas um.
  • Ao minuto 23, Marcano subiu à área contrária, desviou a bola de cabeça e, por escassos centímetros, não aumentou a vantagem “azul-e-branca”. E notícias de lances perigosos do Boavista? Cinco minutos volvidos, Ricardo Costa, com a baliza à mercê, após assistência de Rafael Costa, atirou para as bancadas e desperdiçou uma grande ocasião para empatar o dérbi da Invicta Cidade. O lado direito era o preferido dos dois conjuntos no que concerne a lances ofensivos e daí nasceram 43% nas iniciativas dos homens de Lito Vidigal, e 54% dos comandados de Sérgio Conceição.
  • Ao descanso, a vantagem era do FC Porto, que foi eficaz – marcou no primeiro remate que houve no duelo -, controlou as iniciativas e, dos quatro remates efectuados, o único certeiro resultou no golo que fazia a diferença ao intervalo.
  • O Boavista lutou bastante, mas demonstrou tremendas dificuldades em assustar a baliza do estreante Diogo Costa, e apenas numa ocasião, por intermédio de Ricardo Costa, esteve verdadeiramente próximo de marcar.
  • Com um GoalPoint Rating de 7.6, Alex Telles venceu a concorrência e foi o melhor dos 22 jogadores que estiveram em campo na primeira metade.
  • Além do golaço que apontou – no único remate enquadrado que houve nesta fase -, o lateral-esquerdo desperdiçou apenas quatro dos 18 passes tentados – acertou 78% -, fez dois desarmes e duas intercepções.
  • O Boavista regressou com vontade de alterar o rumo do marcador, passou a ter mais bola – 43% -, mas prosseguia com as dificuldades no que diz respeito ao capítulo da finalização, com duas tentativas, mas nenhuma enquadrada ao alvo. Os “azuis-e-brancos” davam a iniciativa ao rival e tentavam explorar os ataques rápidos, com Fábio Silva a evidenciar-se e a agitar as águas com um remate e uma falta sofrida à entrada da área contrária.
  • Loum, aos 71 minutos, por muito pouco não carimbou o 2-0, na sequência de um canto, naquela que foi, até então, a ocasião mais clara da etapa final. Apenas ao 74 minutos, e após cinco tentativas, surgiu o primeiro remate enquadrado dos “axadrezados”, mas o “tiro” de Stojiljkovic saiu fraco e à figura de Diogo Costa.
  • Ao cair do pano, Zé Luís, após vencer a pressão de Neris e de Ricardo Costa, quase sentenciava o encontro, mas acabou por ver o remate que desferiu embater no ferro esquerdo da baliza boavisteira.

Manuel Fernando Araújo / Lusa

O melhor em campo GoalPoint

Alex Telles foi quem brilhou no palco do Bessa e foram estes os números que deram brilho à exibição do camisola 13: dois remates, um golo, dois desarmes, duas intercepções, cinco passes progressivos certeiros, 100% certeiro nos passes longos – em três tentativas – e dois duelos ganhos em quatro tentativas.

O lateral-esquerdo teve um GoalPoint Rating de 7.7 e regressou às exibições decisivas no lado esquerdo portista.

Jogadores em foco

  • Otávio 6.8 – Foi no capítulo defensivo que mais se deu por ele, com cinco desarmes, duas intercepções, dois alívios e seis passes bloqueados. Sofreu ainda duas faltas e 61 somou acções com a bola. Mais uma exibição positiva de um dos elementos mais regulares dos “dragões” até ao momento na temporada.
  • Gustavo Dulanto 6.7 – O jogador com a melhor pontuação do lado “axadrezado”. Dos 73 passes tentados, falhou oito – 73% de eficácia -, acertou três dos seis passes longos realizados e foi imperial nos cinco duelos aéreos em que esteve em acção. De realçar, ainda, os seus cinco desarmes.
  • Rafael Costa 6.0 – Tentou contrariar a pressão adversária, arriscou nos passes – 20 certos e 12 falhados – e lutou – dez recuperações -, mas acabou por não ter o discernimento necessário – 16 perdas de bola – quando foi necessário contrariar o caudal ofensivo do FC Porto. Mas nunca se escondeu.
  • Neris 5.9 – Não comprometeu e foi um dos esteios da retaguarda do Boavista. Da sua ficha pessoal destacam-se os 13 passes certos – em 18 tentativas – e os dois – em três – duelos áereos que ganhou ao longo do encontro.
  • Mbemba 5.9 – Face à lesão de Pepe, formou um dupla inédita com Marcano no centro da defensiva “azul-e-branca” e esteve em evidência: 91% no capítulo da eficácia de passe – 60 certos em 66 -, dos 15 passes longos tentados falhou apenas dois e foi imperial nas alturas, vencendo os cinco duelos em que foi chamado a intervir.
  • Corona 4.8 – Não brilhou no palco do Bessa. Apenas por uma vez assinou um cruzamento, acertou um dos três passes longos que fez, realizou 48 acções com a bola e somou 17 perdas de bola.

Resumo

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1 Comment

  1. Que nasceu de uma falta que nunca existiu. Onde é falta um jogador tropeçar nele mesmo? Uma arbitragem dourada do principio ao fim uma vergonha e ninguém dos media tem coragem de falar.

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