Heliporto no Hospital de São João está agora autorizado a operar voos de emergência médica. Está disponível todos os dias, a qualquer hora.
Numa fase em que se fala mais sobre a falta de meios aéreos ligados à saúde, à emergência médica, há “boas notícias” para Portugal, segundo a presidente do Hospital de São João.
Foi assim que Maria João Baptista descreveu o facto de o Heliporto São João, no Porto, estar agora autorizado a operar voos de emergência médica.
A Autoridade Nacional de Aviação Civil deu a aprovação final – e necessária – e desde terça-feira o espaço já pode receber doentes; mas ainda não foi utilizado.
“Acho que são boas notícias para o país. O São João tem uma Unidade queimados, acolhe doentes que necessitam de ECMO [Oxigenação por membrana extracorporal, técnica de suporte de vida extracorporal em doentes com falência cardiovascular ou pulmonar], é o único centro no Norte do país que recebe doentes com patologia cardíaca em idade pediátrica”, analisou Maria João Baptista, à agência Lusa.
O novo heliporto vai permitir o acesso rápido em situações de emergência médica de toda a região Norte do país, todos os dias e a qualquer hora: 24 horas por dia, 365 dias/ano.
Foi construído de raiz em plataforma elevada, tendo ligação direta à urgência do hospital portuense.
Este espaço permite reduzir os tempos de transporte e diminuir os riscos associados à transferência de doentes, lê-se em comunicado enviado ao ZAP.
Sendo uma referência no norte (e no país no geral), os serviços de Urgência e Medicina Intensiva do São João serão importantes no acesso rápido e eficiente a cuidados altamente diferenciados, em casos de trauma grave, sépsis, neurocríticos, entre outras situações.
O Hospital de São João está integrado no plano de Proteção Civil regional e nacional; é uma componente central de resposta médica em casos de catástrofes naturais, acidentes de elevada dimensão, entre outros.
O Heliporto São João custou mais de 1,5 milhões de euros; foi cofinanciado pela União Europeia.