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Bill e Melinda Gates oficializam divórcio sem divulgar partilha de bens

Steve Jurvetson / Flickr

Bill e Melinda Gates

Um juiz do Tribunal Superior do condado de King, no estado norte-americano de Washington, assinou na terça-feira o decreto de dissolução do casamento de Bill e Melinda Gates, sem divulgar detalhes sobre como o casal dividiu os bens.

De acordo com o jornal The New York Times, os registos públicos revelaram que milhares milhões de dólares em ações foram transferidos para o nome de Melinda French Gates, após anúncio público do fim da relação de 27 anos, em maio.

O acordo de divórcio que determinou a divisão dos bens “não foi apresentado em tribunal”. Não ficou claro, por exemplo, quem ficará com a propriedade junto a um lago nos subúrbios da cidade de Seattle, segundo o jornal nova-iorquino.

O The New York Times adianta também que não foi necessário fazer qualquer acordo de custódia, uma vez que os três filhos do casal têm mais de 18 anos.

Ainda é acrescentado que nenhuma das partes pediu uma alteração formal de nome, embora Melinda Gates tenha usado publicamente o nome de família em conjunto com o de casada, desde a separação.

O cofundador da Microsoft, Bill Gates, e a sua ex-mulher, Melinda Gates, vão continuar a trabalhar juntos como copresidentes e curadores da Fundação Gates, anunciou o diretor executivo da organização sem fins lucrativos.

Em entrevista à agência AP, o diretor executivo Mark Suzman disse que o anúncio foi feito para que o casal, em processo de divórcio, pudesse ser “transparente num acordo que fez entre si”.

“Isto faz parte de um acordo privado entre os dois, como parte de um entendimento de divórcio mais amplo. Ambos me garantiram […] que as suas intenções e compromissos incluem serem copresidentes e curadores da fundação a longo prazo. E é exatamente isso que estamos a planear”, adiantou o diretor executivo da entidade.

No entanto, se após dois anos Bill e Melinda decidirem não continuar nas suas funções conjuntas, a ex-mulher renunciará aos cargos de copresidente e curadora.

Se Melinda Gates se demitir, o cofundador da Microsoft irá comprar a sua parte da fundação, uma das maiores organizações de caridade privadas do mundo, recebendo recursos para fazer o seu próprio trabalho filantrópico.

Os recursos seriam separados do fundo patrimonial da Fundação Gates.
Mark Suzman também anunciou que a fundação irá expandir o seu conselho de curadores, embora o número não tenha sido determinado.

Atualmente, apenas o ex-casal está no conselho de curadores, depois do diretor executivo da Berkshire Hathaway, Warren Buffett, ter renunciado ao cargo em junho.

“Achamos que mesmo que eles [Bill e Melinda] trabalhem de forma eficaz e continuem a trabalhar juntos, não será uma governação ideal. […] Este é o momento certo para expandir o número de curadores e trazer algumas vozes externas independentes e importantes, que podem ajudar a orientar e fortalecer a fundação a longo prazo”, acrescentou Mark Suzman.

Bill e Melinda Gates anunciaram em maio o seu divórcio, ao fim de 27 anos de casamento.

“Depois de uma consideração cuidadosa e muito trabalho no nosso relacionamento, tomamos a decisão de terminar o nosso casamento”, anunciou então o casal, separadamente, através de publicações na rede social Twitter.

O casal Gates, que tem três filhos e mora no Estado de Washington, nos Estados Unidos, anunciou que iria continuar a trabalhar conjuntamente na Fundação Bill e Melinda Gates, que luta contra a pobreza e as doenças.

O cofundador da Microsoft, Bill Gates tem uma fortuna avaliada em 125,6 mil milhões de dólares (105 mil milhões de euros) pela revista Forbes. Ao longo dos últimos anos, o bilionário tem vindo a dedicar-se cada vez mais à Fundação Gates, envolvida em projetos apoio ao desenvolvimento internacional.

// Lusa

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