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Bielorrússia. Mais um dirigente da oposição detido por “homens encapuzados”

Tatyana Zenkovich / EPA

Maxim Znak, dirigente da oposição bielorrussa

Depois de Maria Kolesnikova, o político e advogado bielorrusso Maxim Znak foi detido, esta quarta-feira de manhã, por “homens encapuzados”.

Um dos membros do Conselho de Coordenação na Bielorrússia, o advogado Maxim Znak, foi detido, esta manhã, por homens com a cara tapada e vestidos à paisana. A notícia, avançada pelo Público, refere que a detenção surge dois dias depois de Maria Kolesnikova, líder da oposição a viver na Bielorrússia, ter sido raptada por homens mascarados.

Os principais membros do Conselho de Coordenação, formado pela oposição, têm sido interrogados e detidos pela polícia do país desde a sua criação, acusando-os de tentarem tomar o poder ilegalmente.

Maxim Znak era um dos últimos membros do Conselho de Coordenação da oposição na Bielorrússia que ainda estava em liberdade. Fontes próximas do advogado disseram que este não compareceu para uma videoconferência esta quarta-feira de manhã.

“Maxim Znak era esperado no gabinete para participar numa videoconferência, mas não apareceu. Só conseguiu enviar a mensagem: ‘mascarados’“, adiantou o serviço de imprensa do grupo da oposição a que pertence através do  Telegram, numa mensagem que incluía uma fotografia do advogado no momento da detenção.

O advogado de Maxim Znak disse que, depois de ter sido levado por homens mascarados, o apartamento do seu cliente foi revistado pelas autoridades, que também fizeram buscas na sede de campanha de Viktor Babariko, um banqueiro que tentou concorrer contra Lukashenko, mas que foi preso em junho e impedido de concorrer.

A única figura dos sete membros da direcção que ainda não foi detida é Svetlana Alexievich. No entanto, foi interrogada há algumas semanas pelas autoridades.

Maxim Znak é um dos sete membros da direção do Conselho de Coordenação, um organismo formado para preparar “a transição do poder” na Bielorrússia. Era um dos poucos dirigentes que se encontrava ainda em liberdade porque os restantes elementos do conselho foram presos ou obrigados a fugir do país.

A detenção acontece um mês após o início do movimento de contestação sem precedentes na Bielorússia e que denuncia fraudes nas eleições presidenciais que renovaram o mandato de Alexander Lukashenko.

ZAP //

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