O Presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, disse esta quarta-feira que o país vai enviar 31 tanques Abrams M1 para a Ucrânia.
“Os tanques são a prova do compromisso à Ucrânia. A Europa e os Estados Unidos estão unidos na ajuda à Ucrânia. [Vladimir] Putin estava errado, estamos todos unidos”, afirmou Biden na Casa Branca, numa declaração sem direito a perguntas, citado pelo Diário de Notícias.
Lembrando que a guerra na Ucrânia começou há onze meses, o chefe de Estado realçou que o povo ucraniano mostrou ao mundo “a força da sua coragem e determinação na sua liberdade”.
No mesmo momento, citado pelo Observador, o Presidente norte-americano indicou que “já não se via há muito tempo uma guerra tão brutal”.
A decisão dos EUA representa uma mudança de planos por parte da administração de Biden sobre estes tanques de guerra de fabrico norte-americano, embora possa levar meses ou anos até que os M1 Abrams sejam entregues, noticiou na terça-feira a agência Associated Press.
Nesta quarta-feira, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que os carros de combate Leopard 2, que serão enviados pela Alemanha, estão sobrestimados e “custam bastante” e que esse valor será pago pelos contribuintes europeus.
O responsável indicou ainda, segundo um áudio divulgado esta quarta-feira pela CNN Portugal, que esses tanques vão arder “como todos os outros”.
De acordo com Peskov, está a ser sobrestimado “o potencial” que esses carros de combate trarão “às forças armadas ucranianas”.
“É outra ilusão e esta é bastante grave. Repito: estes tanques ardem como todos os outros. Só que custam bastante. E isto recairá sobre os contribuintes europeus. Os americanos, como sempre, ficam o dinheiro deles. E muito provavelmente ainda vão lucrar bastante”, referiu ainda.
Na terça-feira, o chanceler alemão Olaf Scholz decidiu enviar carros de combate Leopard 2, de fabrico alemão, para a Ucrânia. Outros dos países aliados da Ucrânia estarão prontos a acompanhar esta decisão.
Pressionada para autorizar a reexportação de carros de combate Leopard 2, a Alemanha foi confrontada na terça-feira com um pedido formal apresentado pela Polónia para enviar 14 destes equipamentos.
No mesmo dia, numa conferência de imprensa em Berlim com o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, o ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, encorajou os países que pretendem fornecer tanques Leopard à Ucrânia a iniciar o treino dos militares ucranianos que os venham a operar.
Guerra na Ucrânia
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