O Presidente norte-americano, Joe Biden, disse não ter intenção de se encontrar com o chefe de Estado russo, Vladimir Putin, na próxima cimeira do G20, em novembro.
“Não pretendo reunir-me com ele. Mas se, por exemplo, me dissesse: ‘Quero falar sobre Griner’, encontrar-me-ia com ele. O que quero dizer é que depende”, disse o democrata, em entrevista à televisão norte-americana CNN, na terça-feira.
Em agosto, um tribunal russo condenou a estrela do basquetebol feminino norte-americano Brittney Griner a nove anos de prisão por tráfico de droga.
Griner foi detida em 17 de fevereiro, num aeroporto em Moscovo, depois de terem sido encontrados óleos canabinoides, vaporizadores e outros produtos na bagagem, segundo as autoridades russas.
Por outro lado, Biden sublinhou que se recusaria a “negociar seja o que for com a Rússia, tendo com base” qualquer pretensão russa a ficar “com parte da Ucrânia”.
Horas antes da entrevista de Biden, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, tinha afirmado que Moscovo está disposto “a estudar” a realização de um encontro entre Putin e Biden, à margem da cimeira do G20.
Contudo, Lavrov sublinhou não existir, por enquanto, qualquer proposta formal.
“Já dissemos muitas vezes que não rejeitamos estas reuniões. Se houver uma proposta, vamos estudá-la”, disse o chefe da diplomacia russa, numa entrevista à rede Rossiya-1.
Tanto o Presidente norte-americano, como o líder russo estão na lista de convidados para a reunião anual do G20 (grupo das 20 maiores economias do mundo), que a Indonésia irá acolher entre 15 e 16 de novembro.
Na mesma entrevista, Biden disse achar que Putin “é um agente racional que cometeu um erro significativo de cálculo” ao achar que “seria recebido de braços abertos” pelos ucranianos.
O democrata também disse não acreditar que a Rússia venha a usar armas nucleares na Ucrânia, mas disse que a ameaça, como Putin fez, é irresponsável e pode resultar em “erros catastróficos”.
Ainda assim, Biden evitou responder à pergunta sobre qual seria a resposta dos EUA no caso de uma escalada nuclear do conflito.
Na semana passada, o Presidente dos Estados Unidos disse que a ameaça russa de utilizar armas nucleares no conflito da Ucrânia coloca o mundo em risco de “um apocalipse”.
Tal acontece pela primeira vez desde a crise dos mísseis cubanos no auge da Guerra Fria, sublinhou Joe Biden.
Algo me diz que o Putin já anda de mão estendida a ver se alguém lhe dá conversa ou guito. Foi à Turquia e o Erdogan gozou com ele basicamente. A Rússia foi humilhada na votação da ONU. Agora vem demonstrar interesse em reunir com Biden e este, até o humilha publicamente, dizendo que não tem intenção de o fazer. No campo de batalha está encostado às cordas. Manda alguns mísseis para disfarçar a desgraça que se passa no terreno.
Este gajo está totalmente encurralado. Ele que mande os mísseis nucleares… provavelmente ainda não se apercebeu que a maioria deles, ou todos, cairão… no próprio território. O sistema mais desenvolvido dos EUA e que está instalado, por exemplo, na Polónia, abate os mísseis ainda no momento de ascensão. O resultado, cairão no local de onde são lançados. Escaparão os lançados pelos submarinos que posteriormente serão abatidos pelos NASAMS.