/

Joe Berardo paga cinco milhões e sai em liberdade

3

Manuel de Almeida / Lusa

Joe Berardo

Joe Berardo vai sair em liberdade no âmbito do processo da Caixa Geral de Depósitos (CGD), mediante caução, de acordo com a agência Lusa, uma vez que o juiz Carlos Alexandre aplicou esta tarde uma caução como medida de coação.

O Ministério Público, segundo fontes ligadas ao processo, havia solicitado ao juiz Carlos Alexandre uma caução a aplicar ao empresário no valor de 5 milhões de euros.

O empresário Joe Berardo e André Luiz Gomes estão indiciados por burla qualificada, fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais, falsidade informática, falsificação, abuso de confiança e descaminho ou destruição de objetos colocados sob o poder público.

O processo CGD, que está a ser investigado desde 2016, conta atualmente com 11 arguidos, dos quais seis são pessoas coletivas (sociedades/empresas) e cinco pessoas individuais, duas das quais ainda em detenção (Berardo e André Luiz Gomes).

Alguns órgãos de comunicação social avançaram na terça-feira que um dos arguidos é o ex-presidente da Caixa Geral de Depósitos Carlos Santos Ferreira.

O caso foi tornado público depois de uma operação em que foram feitas cerca de meia centena de buscas, 20 domiciliárias, 25 não domiciliárias, três a estabelecimentos bancários e uma a escritório de advogado.

Segundo comunicados da PJ e do DCIAP, nesta investigação, que decorre no âmbito do denominado processo Caixa Geral de Depósitos (CGD), existem suspeitas da prática de administração danosa, burla qualificada, fraude fiscal qualificada, branqueamento e, eventualmente, crimes cometidos no exercício de funções públicas.

A PJ esclareceu que se trata de um grupo “que entre 2006 e 2009 contratou quatro operações de financiamentos com a CGD, no valor de cerca de 439 milhões de euros” e que terá causado “um prejuízo de quase mil milhões de euros” à CGD, ao Novo Banco e ao BCP.

O interrogatório do empresário e arguido Joe Berardo terminou esta quinta-feira às 19:15, 45 minutos depois de se ter iniciado, informou o Conselho Superior da Magistratura a pedido do juiz Carlos Alexandre.

ZAP // Lusa

 

3 Comments

  1. Aplicaram-lhe 5 milhões pensando que era muito e ele ficaria na pildra.
    Nem meia hora.
    Estavam ali, prontinhos….

    A pergunta é: quem pagou, se ele não tem dinheiro nem qualquer património em seu nome???

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.