Benfica e Jorge Jesus chegam a acordo

António Cotrim / Lusa

O atual treinador do Sporting confirmou ter chegado a acordo com o Benfica, no processo em que os encarnados pediam 14 milhões de euros de indemnização na sequência da saída do técnico da Luz.

“Quem chegou a acordo foi o meu advogado, foi ele que resolveu o problema. Quando sair daqui vou falar com ele. Tanto eu como o Benfica achamos que era a melhor solução e foi tudo normal”, disse Jorge Jesus, em conferência de imprensa no final do encontro do Sporting com o Astana (3-3), na Liga Europa.

O processo remonta ao fim da época 2014/15, quando o treinador assinou pelo Sporting, depois de seis temporadas ao serviço do Benfica, ao serviço do qual conquistou 10 títulos, entre eles, três de campeão nacional.

Em causa estava, segundo os encarnados, o incumprimento de contrato, contactos mantidos com um funcionário do Sporting ainda durante a vigência do anterior vínculo e a apropriação de software confidencial do clube.

O atual técnico dos leões, por sua vez, exigia o pagamento do ordenado referente ao último mês de contrato que, alegadamente, os encarnados nunca chegaram a pagar.

Em novembro de 2015, Benfica e Jesus não chegaram a acordo em tribunal sobre o processo movido pelas águias. Na altura, o atual treinador do Sporting compareceu na tentativa de reconciliação, afirmando que o caso ficaria entregue aos seus advogados.

O início do julgamento estava marcado para hoje, no Tribunal do Barreiro, tendo sido anulado.

“A Sport Lisboa e Benfica, SAD e Jorge Jesus, no processo que corre termos no Juízo de Trabalho do Barreiro, vieram reciprocamente desistir dos pedidos por cada um formulados e prescindir das custas de parte respetivas, pondo assim, com a decorrente homologação, fim ao processo”, lê-se no acordo.

As partes entenderam que “o lapso de tempo entretanto decorrido e a necessidade de preservação da imagem de cada um dos protagonistas impõe que se ponha termo ao presente conflito aliviando o Tribunal do encargo de promover a Audiência Final em múltiplas sessões, necessariamente prolongadas no tempo”.

“Acresce que a dimensão inevitavelmente publicitada das sessões de julgamento arrastaria uma exposição pública de ambas as partes de onde resultaria, porventura, maior agastamento recíproco, numa escalada geradora de mais danos que benefícios, independentemente da sorte que o pleito viesse a ter”, remata o acordo, subscrito pelos advogados João Correia e Rogério Alves, mandatários de Benfica e Jorge Jesus, respetivamente.

ZAP // Lusa

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