João Relvas / Lusa
Catarina Martins, coordenadora nacional do Bloco de Esquerda
O Bloco de Esquerda vai propor a criação de um subsídio de desemprego para trabalhadores que não cumpram as regras de descontos para a Segurança Social. Os empregados de limpeza são um exemplo de trabalhadores que poderão ter acesso a este apoio.
Catarina Martins anunciou, esta terça-feira de manhã no programa Você na TV, que o Bloco de Esquerda vai propor a criação deste subsídio de desemprego especial “que não precisa das garantias” de pagamentos à Segurança Social e que serve para proteger quem “não tem nada agora”.
A dirigente explicou que “depois” essas pessoas serão integradas no sistema.
“É óbvio que toda a gente deve ter descontos. Há muita gente que não tem porque ganha pouco ou porque o patrão não deixa”, disse a líder do Bloco de Esquerda, defendendo que a solução proposta pelo partido de atribuir um subsídio “já, sem regras de descontos” pretende proteger quem “agora está sem nada, não pode pagar a água, a luz, ir ao supermercado ou à farmácia”.
Durante a entrevista, Catarina Martins falou também sobre política, adiantando que o que mais a desencanta é “a falta de convicção”.
De acordo com o Público, Catarina Martins reconheceu que teve de chegar muitas vezes a um “compromisso” durante a geringonça, apesar de acreditar “fortemente” nas suas convicções. Questionada sobre se se arrepende, respondeu: “Não. De compromissos não. Todos os dias pensamos que podíamos ter feito de outra maneira”.
Depois de afirmar que respeita “pessoas de todos os quadrantes políticos“, a dirigente foi questionada sobre se respeita um partido como o Chega. “Eu não disse partidos, disse pessoas”, respondeu.
