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Bastonária dos Enfermeiros solidária com líder sindical em greve de fome

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Mário Cruz / Lusa

Ana Rita Cavaco, Bastonária da Ordem dos Enfermeiros

A bastonária dos enfermeiros foi manifestar solidariedade para com o presidente do Sindicato Democrático dos Enfermeiros, que entrou em greve de fome, e alertou para o risco de radicalização da luta dos enfermeiros.

Ana Rita Cavaco foi esta quarta-feira ao início da tarde demonstrar apoio a Carlos Ramalho, que está desde as 12h30 junto ao Palácio de Belém, em Lisboa, em greve de fome como protesto pela forma como o Governo tem tratado a greve cirúrgica dos enfermeiros e exigindo o retomar das negociações.

“Para nós, aqui não está o presidente do sindicato, está o enfermeiro Carlos Ramalho, membro da ordem e, portanto, merece a nossa solidariedade”, afirmou Ana Rita Cavaco aos jornalistas, acrescentando que um outro enfermeiro do norte se vai associar também a esta greve de fome.

A bastonária admite que esta medida é extrema, mas lembrou que tem avisado para que os enfermeiros não fossem encostados à parede “para que não houvesse esta radicalização”. “Tememos que outras coisas se sigam e não faz sentido nenhum este braço de ferro e estamos disponíveis para ajudar a mediar o conflito”, declarou.

Ana Rita Cavaco frisou que as reivindicações dos enfermeiros são justas e que o Governo tem obrigação de negociar. Para a bastonária, “há uma má vontade em negociar com os enfermeiros”, aludindo a que várias classes profissionais, como os professores, vão sendo chamadas para negociações.

Carlos Ramalho, presidente do Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor), anunciou esta terça-feira que ia fazer greve de fome até que as negociações entre Governo e sindicatos sejam retomadas. “Vamos manter a luta e vamos levá-la até onde for necessário”, avisou.

Se era necessário um mártir, ele está aqui, sou eu, Carlos Ramalho, presidente do Sindepor”. “Perante um ataque sem precedentes que tem sido feito, nós entendemos que tem que haver uma reação sem precedentes, como nunca foi feito neste país.

ZAP // Lusa

1 Comment

  1. È triste o que se está a passar.
    Por este andar os médicos sem fronteiras, também vão fazer greves.
    Pena das pessoas que precisam. Mas quem se preocupa com os doentes? Desde que não sejam familiares, pelo procedimento que tem, são “máquinas” para prestar um serviço, desde quer tenha “oleo”.
    Parece-me que já lá vai o tempo do amor ao próximo.
    Será este o futuro que estamos a dar aos nossos filhos? Quando houver um médico sem fronteiras, será que vão compreender o que é? Quanto mais a um serviço, mesmo que esteja mal pago ( se está)?
    Não há hipoteses de haver amor a quem precisa de um coração novo?
    Para pensar no futuro que nos espera e o exemplo que estamos a deixar aos nossos filhos.

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