O presidente da Câmara de Sintra revelou ter sofrido “pressões ao mais alto nível” para autorizar Madonna a filmar parte de um novo videoclipe com um cavalo no interior da Quinta Nova da Assunção, em Belas.
Numa entrevista ao semanário Sol, Basílio Horta, presidente da Câmara de Sintra, abordou vários temas da atualidade nacional, desde a situação do CDS aos resultados das eleições Europeias, passando até pelo recente episódio com Madonna.
Recorde-se que, em março deste ano, a cantora norte-americana, que está a viver em Lisboa há alguns meses, foi notícia por querer levar um cavalo para o interior da Quinta Nova da Assunção, na vila de Belas, onde esteve a filmar parte de um novo videoclipe.
A Câmara Municipal de Sintra não autorizou que a chamada “Rainha da Pop” levasse o animal para o interior da propriedade, que pertence à autarquia, evocando “motivos de segurança” para preservar o palacete.
De acordo com o autarca, agora na entrevista citada pelo Observador, a artista tentou cunhas ao mais alto nível para conseguir pôr o cavalo dentro do palácio em questão.
“A Madonna quis ir à Quinta Nova da Assunção, que tem um palácio que está a ser recuperado com um custo de 200 mil euros”, contou Basílio Horta ao semanário. Na altura, quando a cantora quis filmar na quinta foram-lhe dadas “as facilidades todas”, indicando que os responsáveis do município ficaram “muito contentes” por a receber.
“A certa altura, quis pôr um cavalo dentro do palácio, seguindo pela entrada para um salão. Um cavalo tem 300 ou 400 quilos e estaria em cima de um chão de madeira do século XIX, que tem uma almofada de ar por baixo. Chegámos ao ponto de fazer um estudo para saber o impacto que tinha o cavalo e é verdade que estragava todo o soalho. Portanto foi impossível que a senhora visse o seu pedido satisfeito”.
“A senhora levou a mal e irritou-se”, detalhou ainda o autarca, respondendo afirmativamente, quando questionado pelo jornal se teria sofrido algum tipo de pressões: “Tentaram. Ao mais alto nível”.
Na altura, o Gabinete do presidente da Câmara confirmou que os funcionários de Madonna tentaram pressionar a autarquia a mudar de opinião, tendo dito até que “iam falar com o primeiro-ministro”.
Ah, grande HOMEM.
A subserviência fica bem aos tapetes.
O “mais alto nível”, neste caso, foi o das minhocas (e há por aí tantas…)!