Balde de Hauge fria na estreia dos dragões

Mats Torbergsen / Norway Out / EPA

Que balde de “Hauge” fria na estreia na Liga Europa. O Porto, claramente favorito ante o líder do campeonato norueguês, entrou categórico no jogo, marcou cedo por Samu, mas deixou que o Bodø/Glimt desse a volta ao marcador até ao 3-1, graças a uma exibição notável de Jens Petter Hauge.

As transições da casa eram mortíferas, mesmo com dez elementos a partir do minuto 51, e o melhor que os “dragões” conseguiram foi reduzir pelo estreante Deniz Gül.

Que belo começo de jogo para o Porto, com Samu – a tornar-se um caso sério – a marcar logo aos oito minutos, assistência de Francisco Moura (a terceira em dois jogos).

Os “dragões” estavam pressionantes, mas começaram a cometer alguns erros e a permitir transições rápidas aos noruegueses.

Estes aproveitaram o adiantamento da linha defensiva dos portistas para darem a volta ao resultado, golos de Kasper Høgh (15′) e Jens Petter Hauge (40′). Muitas dificuldades para a equipa lusa travar os contra-ataques contrários.

O segundo amarelo a Isak Määttä e consequente expulsão no arranque do segundo tempo como que caiu do céu para os “dragões”.

Os portistas passaram a pressionar mais e a estar mais tempo no último terço, travando melhor as transições contrárias.

Contudo, Jens Petter Hauge estava endiabrado e, em novo lance muito rápido, após perda de bola de Iván Jaime, o atacante trabalhou bem na área sobre Zé Pedro e fez o seu segundo golo da noite.

Tudo simples, pragmático, objectivo.

O máximo que o Porto conseguiu foi reduzir perto do fim, pelo estreante reforço Deniz Gül, a emendar num lance confuso, mas era tarde demais.

O Jogo em 5 Factos

1. Chegada à área sem eficácia

O Porto terminou o jogo com excelentes 62 acções com bola na área contra 25, fez 27 remates para 11 dos noruegueses, mas o resultado foi uma derrota penalizadora e um prémio para o futebol pragmático.

2. Equilíbrio nas ocasiões flagrantes

Os dados anteriores mostram um desequilíbrio na quantidade das acções ofensivas, mas estes apontam para a qualidade. O Porto conseguiu quatro ocasiões flagrantes, mas o Bodø/Glimt, mesmo atacando amiúde, beneficiou de três. O “dragão” falhou duas, os noruegueses uma.

3. Porto apostou nos cruzamentos

Perante o recuo dos homens da casa, o Porto apostou nos cruzamentos de bola corrida, acumulou 22 e teve sucesso em pouco menos de metade (10). Contudo, esta alta percentagem de eficácia valeu de pouco aos portugueses.

4. Perdas de posse em zonas proibidas

O Porto esteve muito mais no terço defensivo dos noruegueses do que o contrário, mas a verdade é que os “dragões” registaram apenas menos uma perda de posse no primeiro terço que os anfitriões (11-10). Nove das perdas lusas aconteceram na primeira metade.

5. Poucas acções nas áreas

O Bodø/Glimt Não esteve com meias-medidas e sempre que a bola chegava à sua área recorrida ao alívio puro e duro, muitas vezes iniciando assim contra-ataques. No total foram 28 alívios, mais 20 que o “dragão”.

Melhor em Campo

Nota 10.0 para Jens Petter Hauge, atacante emprestado pelo Eintracht de Frankfurt. Hauge destruiu a defesa portista, com dois golos graças a uma grande velocidade e objectividade nas decisões.

Mats Torbergsen / Norway Out / EPA

Jens Petter Hauge destruiu a defesa portista, com dois golos

O avançado enquadrou dois de quatro remates, fez uma assistência em cinco passes para finalização (máximo), somou nove acções com bola na área contrária, completou três de seis tentativas de drible e acumulou três conduções super progressivas.

Resumo

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