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Avião-hospital pronto a levar doentes portugueses com covid-19 para a Alemanha

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Avião-hospital

Numa altura em que o número de internamentos nas UCI não pára de aumentar, o Governo já admitiu recorrer a ajuda internacional. O CM avança agora que vários médicos das Forças Armadas alemãs estão a avaliar um forma de auxiliar Portugal. Uma das opções é uma aeronave que pode transportar doentes.

Por fora, parecem aviões normais de transporte militar. Contudo, o seu interior é adaptado para mega-ambulâncias voadoras, capazes de transportar até 40 doentes em estado moderado, ou 16 em cuidados intensivos.

Estas aeronaves são de de dois modelos: o A400M usado pela Alemanha e o A330 MRTT já em serviço em França – e que será ainda utilizado por outros seis países europeus numa frota multinacional da NATO.

Os aviões-ambulâncias são uma das hipóteses em cima da mesa para aliviar os hospitais da Grande Lisboa. Fontes do Ministério da Defesa adiantaram ao CM que doentes infetados com covid-19, e que estão dependentes de cuidados intensivos, podem vir a ser transferidos para a Alemanha. Ao longo da pandemia, o país já ajudou desta forma França e Itália.

Os veículos de evacuação médica também têm sido fundamentais na transferência de doentes dentro dos próprios países. Em Portugal poderiam ser úteis, por exemplo, transportando doentes doentes de Lisboa (uma das cidades em que hospitais estão mais sobrecarregados) para Faro.

Segundo as mesmas fontes, a Alemanha é o aliado mais “habilitado e preparado” na evacuação aérea de doentes graves.

Um exemplo disso foi em 2019, quando foram retirados da ilha da Madeira, 12 alemães que sobreviveram com ferimentos graves ao despiste de autocarro que matou 29 turistas. Este processo também ocorreu com recurso a uma avião.

Agora, o ‘kit’ de Cuidados Intensivos, operado por 25 profissionais, entre eles médicos, enfermeiros e técnicos, pode ser montado num dos aviões mais recentes.

Recorde-se que Portugal pediu profissionais para reforçar as equipas de enfermagem e de médicos intensivistas, equipamentos onde se verificam falhas pontuais, como seringas e ventiladores não invasivos, e vagas hospitalares para transferir doentes para fora do país.

Ainda esta semana, num entrevista à RTP, a ministra da Saúde, Marta Temido, assumiu que “o Governo português está a acionar todos os mecanismos de que dispõe, designadamente no quadro internacional, para garantir que presta a melhor assistência aos utentes”.

Ana Moura, ZAP //

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