Autor das burlas “Olá Mãe / Olá Pai” detido pela PJ

A Polícia Judiciária identificou e deteve o autor das burlas “Olá Mãe / Olá Pai” que recentemente se popularizaram através do Whatsapp. O suspeito é um cidadão estrangeiro, com 25 anos de idade.

O Departamento de Investigação Criminal de Leiria da PJ deteve o autor das “Olá Mãe / Olá Pai” no Whatsapp.

Segundo um comunicado da PJ, a detenção ocorreu através de informação da utilização de uma conta bancária, na qual estavam a ser depositados valores oriundos de burlas.

O suspeito, um cidadão estrangeiro com 25 anos de idade, foi detido como presumível autor destas burlas, em número ainda não totalmente apurado.

Para realizar estas burlas, os criminosos entram em contacto pelo Whatsapp, através de um número desconhecido, fazendo-se passar por filho da eventual vítima da burla, alegando que perderam o telemóvel, que estão a contactar por outro número, e que precisam de dinheiro.

As queixas nas redes sociais multiplicaram-se, por parte de inúmeros pais, que relataram várias abordagens no novo esquema de burla.

Começam a sua mensagem simulando que são filhos da pessoa em causa, depois explicam que perderam o telemóvel e que, por isso, têm aquele “número novo”.

Se a pessoa do outro lado acreditar na estória, o burlão pede uma transferência de dinheiro, via MB Way.

De acordo com o jornal, em pedidos de quantias elevadas, os visados hesitam. Mas alguns “caem” e enviam dinheiro, quando o pedido é menor.

Quando uma mãe ou pai, após uma sucessão de perguntas ao burlão, se apercebe de que não está a falar com o filho, avisa que vai denunciar o caso às autoridades e, logo a seguir, é bloqueada.

Um exemplo deixado nas críticas mostra que o burlão pede para a “mãe” realizar um pagamento de 450 euros: “A minha conta deixou de existir porque perdi o outro telemóvel”, explica-se.

Um (quase) vítima da burla contou ao ZAP que manteve uma conversa com o burlão durante algumas horas, trocando mensagens pelo Whatsapp, porque “a conversa parecia mesmo o tipo de linguagem que a minha filha usaria e algumas coisas iam batendo certo”.

A burla só não se concretizou, conta, porque “quando ia depositar os 350€ que a minha ‘filha’ pedia que transferisse para uma conta bancária, reparei que a conta era de um nome estrangeiro e na Bélgica e desconfiei.

A Polícia Judiciária reforça os alertas já emitidos, salientando que se verifica um número crescente de denúncias por este tipo de burla.

Em momento algum devem os cidadãos satisfazer pedidos via whatsapp ou outras plataformas de comunicação similares, sem confirmação prévia dos familiares, em nome de quem são feitas as solicitações de transferências de dinheiro”, realça a PJ.

ZAP //

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