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Vacinação vai acelerar. Auto-agendamento para pessoas com mais de 50 anos a partir de hoje

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Fernando Veludo / Lusa

O vice-almirante Gouveia e Melo, coordenador da “task force” de vacinação contra a covid-19

Em entrevista à TVI, o coordenador do plano de vacinação, o vice-almirante Gouveia e Melo, disse que o auto-agendamento online para pessoas com 50 anos ou mais deverá abrir na tarde desta quinta-feira.

O responsável pelo plano de vacinação em Portugal disse que as pessoas com 50 ou mais anos já estão a ser vacinadas através do agendamento local, ou seja, contactadas pelas autoridades de saúde. No entanto, adiantou que o auto-agendamento online para esta faixa etária deverá abrir na tarde desta quinta-feira.

Sobre o ritmo de vacinação, Gouveia e Melo disse que será acelerado em todo o país, uma vez que irão chegar a Portugal mais doses da vacina. Atualmente, estão a ser administradas, em média, 80 mil inoculações por dia, avançou, citado pelo jornal Público.

Na entrevista, o vice-almirante justificou que as diferenças regionais na vacinação se devem principalmente às assimetrias etárias.

Lisboa e Vale do Tejo, Algarve e Norte são as regiões que estavam mais atrasadas nesse processo sendo que, até ao momento, a vacinação estava a decorrer “por faixas etárias” para cobrir a dos 60 anos e cada região tem uma estrutura diferente.

Ao “proteger a faixa etária acima dos 60 anos”, grupo que “estamos a acabar de vacinar esta semana”, “protegemos em termos de incidência histórica de mortes e internamentos 90% da população que foi internada nesta pandemia de covid”, acrescentou.

Confrontado com a sugestão de Marcelo Rebelo de Sousa para que sejam feitas alterações na matriz de risco, Gouveia e Melo disse concordar com o Presidente. “Este é o momento certo” para ser feita uma revisão.

“A parte mais frágil da população está quase completamente protegida. A forma de raciocinar sobre a pandemia tem de mudar”, acrescentou o responsável pela task force.

Sobre a imunidade de grupo, o responsável alertou que é um “passo importante do processo”, mas “não é o fim”. “Não sei se depois disso não teremos de manter um ritmo elevado para conseguir atingir outros objetivos”, avisou.

Apesar disso, mostrou-se confiante de que a imunidade será atingida na altura prevista, em agosto, se tudo correr bem com a entrega das vacinas nos prazos acordados com as farmacêuticas

Liliana Malainho, ZAP //

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