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Gouveia e Melo tem um objetivo bem definido (e a meta é o dia 8 de agosto)

António Cotrim / Lusa

O coordenador da task force para a vacinação em Portugal, o almirante Gouveia e Melo, tem um objetivo bem definido.

Gouveia e Melo, coordenador da task force para a vacinação contra a covid-19, disse no sábado que 70% da população terá pelo menos uma dose da vacina no dia 8 de agosto.

“Se tudo correr bem, se as vacinas chegarem, se tivermos as vacinas que pensamos ter disponibilizadas, no dia 8 de agosto teremos 70% da população com pelo menos uma dose”, afirmou o vice-almirante em Leiria, onde foi o orador convidado da sessão solene do Dia do Município.

Questionado sobre se, nessa data, é atingida a imunidade de grupo, o responsável notou que essa questão é uma discussão ainda científica.

“Neste momento, não se sabe neste vírus se a pessoa que está imunizada pode ou não ser transportadora do vírus. Se não for transportadora do vírus, significa que atingimos a imunidade de grupo e o vírus começa a morrer na comunidade”, explicou.

Os primeiros dados sobre este tema chegam de Israel, um país que conta já com uma grande parte da população imunizada. Os detalhes são elementos animadores, “no sentido em que, realmente, uma pessoa imunizada e protegida não é um transportador do vírus”.

No entanto, “isso ainda não está 100% confirmado“. “Mesmo não estando confirmado, trabalhando na incerteza, o nosso primeiro objetivo é atingir essa percentagem [70% da população vacinada com a primeira dose em 8 de agosto]” e, “logo a seguir, ir aos 90% da população”, continuou.

Sobre a quantidade de vacinas que deverão chegar a Portugal para atingir a meta traçada para 8 de agosto, o coordenador da task force disse estar previsto que “as vacinas contratadas e que, em princípio, estão acordadas chegar, são suficientes para atingir esse objetivo”.

“Mas já fomos defraudados antes e, portanto, eu nunca quero garantir nada escrito na pedra, porque é uma variável exógena, não depende do país”, adiantou.

À pergunta sobre qual a taxa de recusa da vacinação contra a covid-19 por parte da população, o vice-almirante esclareceu que o “único dado estatístico” se prende com “as recusas dos SMS” e é de “cerca de 1 a 2%“, o que considerou “muito residual”.

Gouveia e Melo acrescentou haver estudos da opinião pública segundo os quais “mais de 85% da população quer ser imediatamente vacinada”.

Também no sábado, Portugal ultrapassou os cinco milhões de vacinas administradas contra a covid-19. Segundo o gabinete de comunicação da task force, o número abrange Portugal continental e as regiões autónomas dos Açores e da Madeira.

No caso específico de Portugal continental, espera-se que os cinco milhões de vacinas administradas sejam atingidos esta segunda-feira ao final do dia ou na terça-feira, indicou a mesma fonte.

Em Portugal continental, o total de vacinas administradas era, às 16.30 horas de domingo, de cerca de 4.939.000, das quais cerca de 3.358.000 primeiras doses e perto de 1.581.000 com a vacinação completa.

ZAP // Lusa

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