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Presidente da Câmara de Góis nomeou marido como chefe de gabinete

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Lurdes Castanheira, presidente da Câmara de Góis, no distrito de Coimbra, nomeou o marido como chefe de gabinete, avança o Observador esta sexta-feira.

Tal como explica o diário, o marido de Lurdes Castanheira, António Gonçalves, foi motorista da autarquia durante mais de dez anos, chegando a secretário em 2012. Há quatro anos, em 2015, foi promovido a chefe de gabinete pela autarca de Góis.

Lurdes Castanheira e António Gonçalves não eram casados entre 2009 (ano em que Lurdes Castanheira assumiu a presidência da autarquia) e 2015, ano em que já lhe era conhecida uma relação com a autarca, segundo o jornal.

Entretanto, e já depois do matrimónio, a socialista voltou a nomear o marido como chefe de gabinete em dezembro de 2017, tal como se pode ler em Diário da República.

Em declarações ao matutino, Lurdes Castanheira diz que nomeou o marido pela “confiança pessoal”, dando conta do que poupou ao município com a escolha.  “O atual chefe de gabinete solicitou a sua renúncia em finais do ano passado. Até ao momento, não foi aceite, porque ainda não estão criadas as condições para a sua cabal substituição”, explicou a socialista ao Observador.

Para Lurdes Castanheira, o seu marido, António Gonçalves, é o “o nomeado mais barato pois como trabalhador da Câmara custa ao erário público metade do que custaria recrutar uma pessoa externa ao município”.

Funcionário da câmara de Góis ouvidos pelo Observador afirmam o vínculo de mais de 20 anos de António Gonçalves com a autarquia, tendo este desempenhado inicialmente funções como motorista da autarquia.

Quanto à alegada falta de qualificações do marido, que Lurdes Castanheira diz ser um ataque da oposição, a autarca defende que “mais que as qualificações ou habilitações como defende a fraca oposição de Góis, nós por cá defendemos que mais importante são a disponibilidade, a confiança política e pessoal e a certeza de que um nomeado serve e respeita o interesse municipal”, sustentou.

“A lei em vigor determina o conteúdo funcional e o grau de compromisso de o/a chefe de Gabinete” e “deixa a possibilidade de recair em pessoas de confiança política e pessoal”, frisou a socialista,, acrescentando que a lei em vigor “não determina habilitações”.

Lurdes Castanheira recorda que o marido até pode concorrer para Belém.” O ainda chefe de gabinete da câmara Municipal de Góis, à luz da lei em vigor, pode ser, inclusivamente, candidato a Presidente da República. Não é a agenda da oposição que irá determinar ou condicionar as minhas decisões e valores”.

Na mesma reposta enviada ao jornal, a autarca refere que o facto de o caso vir a público é uma jogada da oposição que  “esconde na mentira a azia das sucessivas derrotas“.

António Gonçalves “tem vínculo à câmara municipal de Góis há mais de vinte anos”, tendo trabalhado com “três executivos, desempenhando uma multiplicidade de tarefas que ultrapassaram inequivocamente o seu conteúdo funcional”, afirma Lurdes Castanheira. Foram “reconhecidas as suas capacidades, conhecimento, bom desempenho e disponibilidade, tem sido sucessivamente avaliado com Muito Bom“, frisou ainda.

Quanto ao aumento salarial associado à promoção, Lurdes Castanheira recorda que “as nomeações têm, obviamente, associado a respetiva remuneração” e que “não é o Presidente da Câmara que legisla sobre tabelas salariais (…) Num Estado de Direito e democrático, não há espaço para violar direitos dos trabalhadores, independentemente dos lugares que ocupam”, apontou.

ZAP //

 

7 Comments

  1. É amiga do marido… !
    Promoveu-o de motorista a Chefe de Gabinete !
    Os Socialistas são assim.
    Concursos ? Competência ? O que é lá isso ??

    • Amiguinho, não há concurso para chefe de gabinete, aprende!
      Obviamente escolhem a pessoa que quiserem… se confia mais naquela, é fácil perceber porquê!
      Abre os olhinhos que já é dia!

  2. Pena que não façam o mesmo investigação em relação a todos os partidos, é que as verdades têm que ser sabidas em relação a todos!!!

    • Nem mais, mas neste caso como noutros em que foram escolhidos para chefes de gabinete, não me choca que sejam pessoas de relações directas e pessoais ou familiares… Obviamente que a confiança nestes cargos tem de ser a característica maior.
      Eu faria o mesmo, desde que não fosse necessário concurso publico e se o cargo exigir um grau de confiança grande, seria naturalmente uma pessoa que eu já conheceria e com a qual tivesse uma confiança anterior!

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