Os aumentos para a Função Pública prometidos pelo Governo de António Costa estão em risco por causa da pandemia de covid-19. Mas a CGTP e a UGT não desistem, ainda que de formas diferentes.
O Governo prometeu à Função Pública que, no próximo ano, assistiriam a um aumento de, pelo menos, 1%, mas a pandemia de covid-19 mudou esta realidade. O ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, admitiu que “não sabe” se será possível concretizar essa promessa.
De acordo com o jornal Público, a CGTP e a UGT não vão deixar cair a reivindicação.
Por uma lado, Isabel Camarinha, da CGTP, nem quer pensar na ideia de o Governo não cumprir o aumento de 1% acertado com a Administração Pública. “É inaceitável que se esteja a pensar manter o não aumento de salários para o público”, disse a secretária-geral da CGTP, em declarações ao Público.
“O Governo tem de exigir à Comissão Europeia que o apoio que vier a ser dado não tem uma fatura de austeridade, baixos salários e cortes de direitos”, disse.
Por outro lado, Carlos Silva, da UGT, abre a porta a uma negociação com o Governo. O secretário-geral da UGT admite que os aumentos sejam repensados. “Tem de se fazer uma negociação em função da realidade do país”, disse Carlos Silva, explicando que é preciso “analisar o impacto económico desta crise e como vai ficar a capacidade do Estado”.
Segundo o líder da UGT, os trabalhadores têm “necessidade de ter mais rendimento”.