Ao final da tarde desta quarta-feira, o Ministério das Finanças esclareceu que os salários vão aumentar 0,3% no próximo ano, depois de a Fesap ter dito que os aumentos seriam iguais aos das pensões.
“O Governo apresentou hoje em reunião de negociação coletiva com as estruturas sindicais a proposta de atualização salarial para 2020 e 2021. A proposta considera como referencial para aumentos salariais de 2020 a taxa de inflação observada até novembro de 2019 (de 0,3%, para todos os trabalhadores)”, esclareceu esta quarta-feira o Ministério das Finanças em comunicado.
“Para 2021, o Governo propõe que a atualização salarial seja igual à taxa de inflação de 2020 inscrita no OE 2020. De forma a proteger o poder de compra dos trabalhadores, no caso em que a taxa de inflação em 2020 se situe acima desta previsão, o aumento corresponderá à taxa efetivamente observada”, indica o gabinete de Mário Centeno.
“Com este aumento da tabela salarial, a vigorar já em 1 de janeiro de 2020, o aumento médio da despesa com pessoal em 2020 ascenderá assim a 3,2%“, conclui a mesma nota, citada pelo Diário de Notícias.
O esclarecimento surge depois de José Abrãao, secretário-geral da Fesap, ter dito que a atualização dos salários da administração pública seria feita com a fórmula utilizada para as pensões.
Isto significa que, em vez de os salários mais baixos aumentarem 0,7% e dos mais altos ficarem congelados, o Governo vai optar por aumentos nominais de 0,3% para todos os trabalhadores do Estado.