Cientistas afirmam desconhecer quando é que a atividade do vulcão Kilauea, no Estado norte-americano do Havai, irá parar, depois de ter entrado em erupção no início do mês.
“Não temos forma de saber se isto é mesmo o início ou o caminho do fim desta erupção”, afirmou Tom Shea, especialista em vulcões na Universidade do Havai.
O Kilauea é um dos mais ativos vulcões do mundo e até agora foram já retiradas 1.700 pessoas que ainda não foram autorizadas a regressar a casa.
O vulcão entrou em erupção a 3 de maio e desde então já foram registadas mais de 20 fissuras que estão a expelir lava. Até agora, 40 casas ou edifícios foram destruídos pela lava.
Junto à cratera, registaram-se durante vários dias dezenas de sismos, alguns de magnitude superior a 5 na escala de Richter. O vulcão situa-se no sudeste da Grande Ilha do Havai, onde vivem cerca de 185 mil pessoas.
O Kilauea, a 1.200 metros de altitude, é um dos mais ativos no mundo e um dos cinco existentes no arquipélago norte-americano.
O turismo, uma das maiores indústrias locais, já registou perdas de cerca de quatro milhões de euros. Uma erupção em 1924 matou uma pessoa e projetou pedaços de rocha, cinza e poeira no ar durante 17 dias.
A cratera do vulcão Kilauea, no estado norte-americano do Havai, entrou novamente em erupção, projetando nuvens de cinza a mais de nove mil metros de altitude – mais alto do que o pico do Monte Everest.
O geofísico da U.S. Geological Survey, Mike Poland, confirmou a explosão, que ocorreu depois de mais de doze fissuras terem aberto a alguns quilómetros a leste da cratera e terem inundado de lava os bairros mais próximos. Todas essas áreas foram imediatamente evacuadas, mas a lava acabou por destruir 26 casas e 10 outras estruturas.
“Este é o tipo de explosão que temíamos“, diz Poland, “e não vai ser a única, muito provavelmente vai ser seguida de eventos adicionais”.
ZAP // Lusa