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Aterro sanitário no Algarve está ilegal há mais de dois anos

O aterro sanitário do sotavento algarvio está ilegal há mais de dois anos, já que a sua licença caducou e não foi recuperada. A empresa responsável está a realizar um estudo de impacto ambiental para recuperar o alvará.

O aterro foi inaugurado em 1998 sobre a bacia hidrográfica do rio Guadiana e tem sido contestada pela população e por associações ambientalistas devido ao mau cheiro e à contaminação das linhas de água. A empresa que trata dos resíduos foi multada pela Inspeção-geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e Ordenamento do Território (apesar de nunca ter tido efeitos práticos), mas continua a infringir a lei.

De acordo com o Público, quando, em 2017, o aterro estava a esgotar a sua capacidade, a empresa responsável decidiu construir mais uma célula. No entanto, o administrador realça que “a licença agora, terá que ser para toda a infraestrutura” e, portanto, terá de ser feito um novo estudo de “incidências ambientais”.

“Estamos, neste momento, sem licença”, admitiu José Barreto, o administrador do aterro. Para regularizarem a sua situação, aguardam a aprovação de um pedido na câmara de Loulé para que declarem o equipamento de “utilidade pública municipal”. Contudo, a autarquia recusou apreciar o pedido, já que considerou tratar-se de um equipamento que não representava uma mais-valia para Loulé.

A empresa responsável, a Algar, vê os lucros caírem e calcula que este ano os resultados vão ser negativos, com um prejuízo de dois milhões de euros. “Fazemos dois milhões de quilómetros por ano a transportar lixo – com as variações do preço do gasóleo imagine-se o que isso representa”, explicou José Barreto.

ZAP //

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