“Ultrapassa limites da decência”. Mísseis balísticos russos matam 32 civis em Domingo de Ramos

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State Emergency Service of Ukraine / EPA

“Ataque assassino” de mísseis balísticos russos direcionado a alvos civis no centro de Sumy, no nordeste da Ucrânia, fez este domingo 32 vítimas mortais, incluindo duas crianças, e causou 84 feridos. Uma “recordação brutal do banho de sangue perpetrado por Putin”.

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pediu este domingo no seu perfil na rede social Telegram uma “resposta forte do mundo” ao ataque à cidade de Sumy.

“Precisamos de uma resposta forte do mundo. América, Europa, todos os que querem que esta guerra e estas mortes terminem. A Rússia quer exatamente este tipo de terror e está a arrastar esta guerra”, sublinhou o chefe de Estado ucraniano.

“Os mísseis inimigos atingiram uma rua normal da cidade, uma vida normal: casas, escolas, carros na rua…E isto num dia em que as pessoas vão à igreja, Domingo de Ramos”, descreveu Zelensky, citado pela agência EFE.

Segundo o presidente ucraniano, sem pressão sobre a Rússia a paz é impossível. “As conversações nunca pararam os mísseis balísticos e as bombas. Temos de tratar a Rússia como um terrorista merece”, disse.

“Os mísseis inimigos atingiram uma rua normal da cidade, uma vida normal: casas, escolas, carros na rua…”, descreveu Zelensky, citado pela agência EFE. “E isto num dia em que as pessoas vão à igreja, Domingo de Ramos”.

O ataque a Sumy foi denunciado nas redes sociais pelo presidente da câmara local, que avançou a existência de “vários mortos”, acrescentando que “o inimigo voltou a atingir alvos civis”.

Segundo o mais recente balanço publicado pelos serviços de emergência ucranianos, o ataque russo matou pelo menos 32 pessoas, incluindo duas crianças, e causou 84 feridos, entre os quais 10 crianças.

Vários líderes mundiais e governos europeus manifestaram-se chocados com o ataque russo, que está a ser condenado pela comunidade internacional.

“Toda a gente sabe que só a Rússia queria esta guerra. Hoje, é claro que é a Rússia sozinha que escolhe prossegui-la”, escreveu na rede social X o presidente Francês, Emmanuel Macron.

Segundo Macron, “são necessárias medidas fortes para impor um cessar-fogo à Rússia, e a França está a trabalhar incansavelmente neste sentido, com os seus parceiros”.

Também numa publicação no seu perfil no X, o enviado dos Estados Unidos para a Ucrânia, Keith Kellogg, escreveu que “o ataque das forças russas a alvos civis em Soumy ultrapassa os limites da decência. Como antigo oficial militar, sei o que são ataques direcionados e isto é inaceitável”.

“É por isso que o presidente Trump está a trabalhar duramente para acabar com esta guerra”, acrescentou Kellogg, que admitiu recentemente numa entrevista ao The Times a divisão da Ucrânia em três zonas separadas num acordo de paz com a Rússia, comparando a solução com a Alemanha pós-II Guerra Mundial.

Também o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer,  se manifestou contra o ataque a Soumy, afirmando estar “chocado com os horríveis ataques da Rússia contra civis em Sumy ”.

Os meus pensamentos estão com as vítimas e os seus entes queridos”, escreveu o líder trabalhista no X. “Este último ataque assassino é uma recordação brutal do banho de sangue perpetrado por Putin”, acrescentou Starmer, que apelou mais uma vez à Rússia para que aceite um cessar-fogo “total e imediato”.

O Governo português também já condenou o ataque a Soumy, numa publicação na conta oficial do Gabinete do Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, na rede social X.

“O Governo português condena o terrível ataque russo a Sumy, que fez dezenas de vítimas. Apresenta pêsames às famílias e ao povo ucraniano. Insta a Federação Russa a abster-se de todas as hostilidades e a aceitar o cessar-fogo já aceite pela Ucrânia”, declarou o Governo de Portugal.

O primeiro-ministro português, Luís Montenegro, considerou por seu turno que os ataques russos “são intoleráveis” e salientou que “Portugal está ao lado da Ucrânia”.

Os ataques russos à cidade de Sumy são intoleráveis. Toda a solidariedade para com as vítimas e com o Presidente Zelenskyy. A Rússia continua em violação flagrante do direito internacional. Portugal está ao lado da Ucrânia e do lado do cessar-fogo proposto pelos EUA”, escreveu Montenegro no X.

ZAP // Lusa

8 Comments

  1. Putin e os seus acólitos vão ficar para a História como os genocidas do séc. XXI, à semelhança de Hitler no séc. XX.

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    • Segundo o Kremlin que não negou os ataques, afirmou que o alvo eram para militares ucranianos. E acusou a Ucrânia de usar a população como escudo humano. São desculpas para uma falha com danos colaterais. Mas ainda se deram ao trabalho de arranjar uma desculpa esfarrapada. O que não deixa de ser grave, mas comparado com o que se está a passar na Palestina é algo menor, os Israelitas atacam tudo indiscriminadamente e nem se dão ao trabalho de arranjar uma desculpa. Por outro lado temos os ataques dos Ucranianos na Russia e esse nem ouvimos falar. Mas parece que o custo das vida humanas na Palestina está a saldos por isso segundo as pessoas. não é tão grave com o que se passa na Ucrânia. Gostava de perguntar ao Francês e ao Montenegro se faz parte dos planos da Europa colocar tropas na Palestina.

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  2. O que ultrapassa os limites da decência é a mentira sistemática sobre o que se passa na Ucrânia. Os russos lançaram dois mísseis contra o edifício – um centro de congressos da universidade de Sumy – em que se realizava uma cerimónia militar de entrega de condecorações a militares ucranianos, matando muitos deles. O que é escandaloso é realizarem-se cerimónias militares no centro de povoações, com o risco de ataques russos aos alvos militares fazerem também vítimas civis. Situação que provocou a indignação de políticos ucranianos – nomeadamente a deputada ucraniana Mariana Bezuglaya – que acusaram o presidente da câmara local de pôr em risco a vida de civis apenas para alimentar a sua vaidade pessoal. Era tão bom que os orgãos de comunicação social soubessem separar as notícias da propaganda…

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  3. Sim ultrapassa os limites da decência, como aliás todas as guerras, mas ainda está longe de chegar ao ponto do que se passa em GAZA onde Deus parece não existir e o demónio todos os dias mata indiscriminadamente com o apoio, condescendência ou indiferença do resto do mundo.
    Só espero que na Ucrânia nunca atinja um tal limite e as 2 guerras e outras guerras, acabem logo.

  4. É evidente que a Ucrânia está a ser vítima de destruição, no entanto só têm moral para protestar aqueles que também protestaram contra a destruição do Iraque, da Líbia, da Síria, da Sérvia…

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  5. E tudo começou no País Euro-Asiatico , dirigido por un Psicopata nato , que nem merece o Ar que respira , arrastando o resto do Mundo para conflitos de toda a ordem . Solução …………cortem-lhe o Ar ! . A este Verme e outros semelhantes . O mundo precisa de PAZ !

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