O Grupo AstraZeneca anunciou novos atrasos na entrega da sua vacina contra a covid-19 à União Europeia, invocando restrições à exportação.
Perante as dificuldades de produção, o grupo AstraZeneca decidiu utilizar as suas unidades de produção fora da União Europeia, mas “infelizmente, as restrições à exportação vão reduzir as entregas no primeiro trimestre” e “provavelmente” no segundo, segundo um porta-voz do grupo citado pela agência France Presse.
Em 29 de janeiro, a Agência Europeia do Medicamento (EMA) deu ‘luz verde’ à utilização da vacina da farmacêutica AstraZeneca contra a covid-19 na União Europeia.
Foi a terceira vacina a ser aprovada pelo regulador europeu.
A presidente da Comissão Europeia avisou na passada segunda-feira que outros países poderão seguir o exemplo de Itália e bloquear as exportações de vacinas contra a covid-19 e disse esperar um reforço na entrega no segundo semestre.
Numa entrevista a um jornal alemão, a presidente da Comissão Europeia salientou esperar que quase 100 milhões de doses por mês da vacina da covid-19 sejam entregues no segundo trimestre na UE, onde os programas de imunização estão a decorrer a um ritmo muito lento. “Esperamos uma média de quase 100 milhões de doses por mês no segundo trimestre e um total de 300 milhões até ao final de junho”, sublinhou.
Segundo Ursula von der Leyen, a AstraZeneca continua a falhar na entrega de vacinas à UE e, até agora, entregou “menos de 10%” do volume previsto até final de março, tal como estava no contrato assinado entre a farmacêutica e o executivo comunitário.
Primeiro-ministro francês critica laboratórios por atrasos
O primeiro-ministro francês, Jean Castex, criticou este sábado os laboratórios pelos atrasos na entrega de vacinas contra a covid-19, enquanto hospitais da populosa região de Paris começaram a transferir pacientes para outras zonas do país.
As declarações de Castex foram proferidas durante uma visita ao centro de vacinação em Saint-Maixent-L’Ecole (noroeste de França), numa altura em que se especula sobre um confinamento na região parisiense da Ile de France, para reduzir a disseminação do vírus e diminuir a pressão sobre as unidades de saúde.
“Temos o objetivo de ultrapassar os 10 milhões de vacinados em 15 de abril”, sublinhou o primeiro-ministro, acrescentando que “é melhor ser cauteloso, porque os laboratórios sofreram alguns atrasos no seu prazo de entrega”.
As declarações de Castex coincidem com o anúncio de novos atrasos na entrega da vacina AstraZeneca com que o Governo francês contava para acelerar a campanha de vacinação, atualmente com cerca de cinco milhões de pessoas imunizadas, aproximadamente metade com a segunda dose.
A França ultrapassou na sexta-feira as quatro milhões de infeções pelo novo coronavírus e mantém-se o sexto país do mundo com maior número de contágios. Pela primeira vez desde novembro, o país ultrapassou os 4.000 pacientes internados nos cuidados intensivos.
A situação dos hospitais na região parisiense, onde vivem 12 milhões de pessoas, quase 20% de toda a população francesa, continua muito crítica, com uma taxa de ocupação de quase 96% nos cuidados intensivos.O aumento do número de doentes graves levou a que começassem a ser transferidos de helicóptero pacientes para outros hospitais do país.
Os hospitais da região da capital iniciaram a suspensão de 40% das operações não urgentes, para poderem tratar os novos pacientes com covid-19.
ZAP // Lusa
Para mim podem devolver esta porcaria para o país do Brexit. De certeza que não vou ser vacinado com esta bogus.
E agora já podem devolver à UE os 300 milhões ou mais que receberam para ‘desenvolver’ a vacina de agua destilada
Há uma coisa que eu gostava muito de conseguir entender.
Quando duas empresas fazem um contrato para fornecimento de um produto ou um serviço há sempre cláusulas para aplicar caso uma das partes falhe. E normalmente isso traduz-se em multas ou algo no género.
Os laboratórios que criam as vacinas falharam e muito no fabrico e entrega das ditas.
Primeiro, gostava de saber como é que os laboratórios anunciaram e escreveram em contrato que iriam fornecer não sei quantos milhões por mês sem terem tudo acautelado e sem terem a certeza de o conseguirem fazer. Não estudaram bem o plano de fabrico? Não têm já grande experiência no fabrico de vacinas e outros produtos para saberem se conseguem ou não cumprir o calendário indicado no contrato?
Em segundo lugar, que penalização eles levaram pela quebra imensa do contrato que fizeram? Alguém me sabe explicar?