Uma equipa internacional de cientistas revelou que as moscas propagam o gene responsável pela resistência a antibióticos.
Os especialista descobriram que cerca de 1% dos pacientes internados em duas grandes cidades da China possui o gene de resistência ao antibiótico bactericida colistina, que pode ter sido “transmitido” aos seres humanos através das moscas existentes nas quintas locais.
De acordo com o estudo publicado na Nature, as moscas destas quintas têm um alto nível de bactérias que contêm genes de resistência. Além disso, um terço das bactérias Escherichia coli, que se encontram na carne proveniente das quintas, é resistente aos antibióticos beta-lactâmicos Carbapenemas e colistina.
Tanto os carbapenemas como a colistina são considerados “medicamentos de último recurso” e são usados apenas quando todos os outros medicamentes não resultam. No entanto, há bactérias que carregam os genes resistentes a essas substâncias.
O gene MRC-1, que torna as bactérias invencíveis, já foi descoberto em 25 países de quatro continentes, incluindo a China, o primeiro país onde foi registado.
Na China, o gado consome produtos que contêm grandes quantidades de colistina. A cada ano, as quintas chinesas recebem cerca de 8 mil toneladas do antibiótico que não é usado como medicamento para os cidadãos.
O governo chinês pretende proibir o uso da colistina nas quintas e introduzi-la como parte do tratamento de pacientes. Infelizmente, os cientistas duvidam que este antibiótico seja capaz de ajudar os doentes que passaram anos a consumi-lo na carne.
ZAP // Sputnik News
Comecem a abater as moscas à rajada de metralhadora pois deve por lá haver milhões delas a começar a ganharem ferrugem.