António Cotrim / Lusa

O fundador do Livre, Rui Tavares
Líder do Livre disse que Pedro Nuno Santos não foi primeiro-ministro porque não quis. Nunca superou ser o “pai espiritual da geringonça” sem aparecer nos retratos.
“Pedro Nuno Santos não foi primeiro-ministro há um ano porque não quis. A esquerda tinha mais deputados do que a soma da AD e da IL. O Chega estava posto fora de qualquer bloco de governação pelo famoso “não é não”.
A análise é de Rui Tavares, numa entrevista publicada no Jornal de Notícias neste domingo. O porta-voz do Livre continua a insistir que a esquerda deve estar unida em 2025 e, se o número de votos o permitir, deve governar: PS, PCP, BE e o próprio Livre juntos.
Rui Tavares estava a fazer contas aos resultados eleitorais das legislativas do ano passado: a direita ficou com mais deputados mas, como o Chega não entrou nas contas da AD para governar, um Governo com os quatro partidos de esquerda teria mais votos do que um Governo com AD e IL juntos.
Ou seja, fazer contas para formar Governo sem contar com o Chega – porque, nem AD, nem PS, iriam liderar um Executivo em coligação com o Chega.
Mas Bruno Vieira do Amaral tem outra perspectiva. Primeiro, diz que Rui Tavares “nunca superou o facto de ser o pai espiritual da geringonça – teve a ideia de unir a esquerda mas não aparece nos retratos”.
Depois, acha que dizer que Pedro Nuno Santos não foi primeiro-ministro porque não quis é uma ideia “profundamente anti-democrática. Pedro Nuno Santos não foi primeiro-ministro porque os portugueses não quiseram”.
“Isto revela uma arrogância intelectual, um desprezo pelos votos dos portugueses -que, para alguns, será mesmo insuportável“, avisou o comentador da rádio Observador.
A ideia de o PS juntar a esquerda é um “cinismo táctico inaugurado por António Costa“, acrescentou.
Já José Manuel Fernandes acha que “é extraordinário achar que um milhão de eleitores (que votaram no Chega) não conta” – e esses eleitores não querem um Governo socialista.
Devem é haver acordos ao centro. Não com partidos extremistas de esquerda ou de direita.
Nunca percebi o que é que este partidozeco Livre, representa para o cidadão comum ou para o país. Este comunista Rui Tavares não de um patego e oportunista político sem ideias e sem propósitos.