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Arrendar casa em Lisboa é 65% mais caro que comprar

Comprar casa, tradicionalmente, traz mais encargos do que arrendar, mas, tendo em conta a evolução do mercado imobiliário nos últimos anos, tudo indica que a primeira opção fica hoje mais em conta que a segunda.

De acordo com o Jornal de Negócios esta quinta-feira, arrendar casa em Lisboa, neste momento, fica em média 65% mais caro do que o valor da prestação a entregar ao banco, caso tivessem adquirido a mesma habitação.

Para esta comparação, o Jornal de Negócios fez a simulação da aquisição de um imóvel com uma dimensão de 100 metros quadrados. Quanto ao financiamento, foi considerado um montante equivalente a 80% do valor do imóvel, Euribor a 12 meses, com um “spread” de 1,74% e um prazo de 33,3 anos.

No segundo semestre de 2018, o valor mediano dos novos contratos de arrendamento aumentou 9,3%, a nível nacional, revelou o Instituto Nacional de Estatística (INE) na quarta-feira. A maior subida registou-se na área metropolitana de Lisboa, onde as novas rendas cresceram mais de 15% face ao ano anterior.

De acordo com o Jornal Económico, a freguesia da Santo António ficou no topo da lista das freguesias mais caras da capital com 14,10 euros por metro quadrado, seguida da Misericórdia com 13,38 euros por metro quadrado. A completar o top 5 está o Parque das Nações, a Estrela e as Avenidas Novas.

No final da tabela ficam Santa Clara e Marvila, as únicas freguesias onde se encontram casas a menos de 10 euros por metro quadrado. Os Olivais completam o pódio, com valores de 10,07 euros por metro quadrado. Estes valores mais baixos são, ainda assim, cerca de 70% mais elevados que a média nacional, de 4,80 euros por metro quadrado.

No Porto, esta diferença é ainda mais expressiva: considerando as sete freguesias da Invicta, as rendas são, em média, 100,5% mais elevadas do que a aquisição.

Campanhã é a freguesia onde a diferença é maior (141,5%), com a renda a ascender a 619 euros e a prestação a rondar os 256,3 euros.

O número de contratos de arrendamento caiu quase 8% no segundo semestre de 2018, noticia o Público.  Segundo o Instituto Nacional de Estatística, foram realizados em todo o país 77.723 novos contratos de arrendamento e não houve nenhuma região do país que não tenha visto uma taxa de variação negativa em termos homólogos nesta atividade.

ZAP //

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