Uma argentina, sequestrada há 32 anos por uma rede de tráfico de seres humanos, e o seu filho menor foram resgatados no início deste mês, informou a polícia argentina em comunicado divulgado esta terça-feira.
Em 1986, uma mulher de nacionalidade argentina foi sequestrada por uma rede de tráfico de seres humanos. No início deste mês, a argentina, agora com 45 anos, e o filho, de nove, foram resgatados e já regressaram a casa.
“Uma cidadã de nacionalidade argentina tinha sido levada para o Estado Plurinacional da Bolívia há aproximadamente 32 anos. A qual se encontrava com o seu filho menor de idade”, informam as autoridades argentinas em comunicado.
Segundo o Observador, a libertação resultou de uma operação conjunta da Gendarmería Nacional de Argentina (Guarda Nacional da Argentina), a principal força de segurança do país, e da Fuerza Especial de Lucha contra el Crimen (Força Especial de Luta contra o Crime) da Polícia Nacional da Bolívia.
Em 2014, a polícia argentina recebeu uma ordem judicial para voltar a investigar o caso. No início deste ano, as autoridades conseguiram encontrar o paradeiro da mulher, desaparecida desde 1986, quando tinha apenas 13 anos.
Além disso, conseguiram perceber que a argentina tinha um filho que se encontrava junto dela. Os dados a que as autoridades tiveram acesso davam conta de que a vítima estaria em Bermejo, uma cidade da Bolívia, localizada na província de Aniceto Arce, que faz fronteira com a província argentina de Salta.
Assim, as autoridade seguiram as novas pistas e no dia de Natal divulgaram um comunicado que anunciava o mais recente avanço da investigação: a mulher e o filho foram resgatados no início do mês de uma casa onde eram mantidos, na Bolívia.
Sobre o autor do sequestro e sobre as condições em que viviam as vítimas a polícia não avançou qualquer detalhe.
https://twitter.com/gendarmeria/status/1077588840548687872
Após a libertação, a mãe e o filho menor foram entregues a uma associação de apoio e assistência a vítimas de tráfico de seres humanos, na cidade de Salta. Entretanto, as duas vítimas já regressaram à família, em Mar del Plata, uma cidade costeira no centro da Argentina.