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Apoio do CDS a Marcelo “não está em saldos” (e aproximação ao Chega é “nula”)

José Coelho / Lusa

Francisco Rodrigues dos Santos afasta qualquer entendimento com o Chega e sublinha que o eventual apoio à recandidatura de Marcelo Rebelo de Sousa “não está em saldos”.

Em entrevista à revista Visão, Francisco Rodrigues dos Santos, líder do CDS-PP, disse não esquecer a história que o partido tem com os sociais-democratas, considerando que “se o CDS crescer e ocupar esse espaço da única direita democrática e popular” vai “somar ao PSD”.

Em relação a aproximações partidárias, há uma que, para o CDS, é “nula”: “Que fique bem claro: Nunca apoiaria André Ventura numa candidatura presidencial“.

Se Ventura não é uma opção, não quer dizer, porém, que Marcelo Rebelo de Sousa esteja na calha. Francisco Rodrigues dos Santos não quer um Presidente da República “que seja um explicador constante do Governo”, que “incline o plano a favor” de António Costa, e que “sinta o impulso de querer falar sobre todos os assuntos ao mesmo tempo”.

Não está em causa uma declaração de apoio, até porque esse apoio “não está em saldos”. Trata-se, sim, de “um apelo ao mais alto magistrado da nação“, garantiu o líder do CDS.

No âmbito das eleições presidenciais, o centrista referiu ainda que se Adolfo Mesquita Nunes quisesse avançar, “dignificaria o CDS”. Da mesma forma, se Assunção Cristas quiser ir a eleições para a Câmara de Lisboa terá o seu “apoio incondicional”.

Durante a entrevista, Francisco Rodrigues dos Santos abordou também a questão da eutanásia que, na sua ótica, poderá representar um problema constitucional. “No lugar do Presidente da República, pediria a fiscalização preventiva do diploma e espero que seja isso que o Presidente Marcelo faça”, afirmou.

Já sobre o racismo, o líder centrista disse que “não pode haver a mínima tolerância para gente desta [racista]”, e que “a nossa polícia não é racista”.

ZAP //

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