/

Apoiante de Trump doou 2,5 milhões para combater os resultados eleitorais. Agora, quer o dinheiro de volta

4

Stefani Reynolds / EPA

Um investidor de capital de risco da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, que doou 2,5 milhões de dólares para ajudar o ainda Presidente norte-americano, Donald Trump, a contestar os resultados eleitorais que deram a vitória ao democrata Joe Biden está agora a exigir o dinheiro de volta.

De acordo com a revista norte-americana Vice, Fred Eshelman, um doador conhecido entre os republicados da Carolina do Norte, doou 2,5 milhões de dólares a um grupo que entrou com uma série de ações judiciais para contestar os resultados da eleições.

Eshelman doou ao grupo True the Vote, sediado no estado norte-americano do Texas, um total de 2,5 milhões: 2 milhões a 5 de novembro e 500 mil euros a 13 de novembro

Em 2016, o mesmo investidor avançou com 300 mil dólares para Trump Victory Fund.

Na doação para a corrida a Casa Branca em 2020, a presidente do grupo, Catherine Engelbrecht, terá dito a Eshelman que havia “evidências significativas” da existência de várias cédulas de voto consideradas ilegais.

Apesar das alegações, o grupo acabou por retirar as ações judiciais que tinha aberto em vários estados – Wisconsin, Geórgia, Michigan e Pensilvânia -, sem avançar com quaisuqer evidências sobre a alegada fraude eleitoral.

 

Depois de os processos terem sido arquivados, Eshelman pediu o dinheiro de volta, ameaçando mesmo avançar com um processo caso o valor não lhe fosse devolvido.

Face à ameaça de Eshelman de arrastar o caso para tribunal, o advogado republicano Jim Bopp, que tinha dado entrada com os processos que entretanto foram retirados, ofereceu ao investidor um milhão de dólares caso renunciasse ao direito da ação judicial.

A oferta não convenceu Eshelman, que entrou com uma ação no tribunal federal do Texas.

 

“A cada dia que passa torna-se menos provável que o requerente consiga utilizar os fundos que o réu está a reter indevidamente para o propósito inicialmente proposto – isto é, apoiar os esforços para investigar alegações de conduta ilegal e fraudulenta relacionadas com as eleições presidenciais de 2020″, pode ler-se na queixa.

O True the Vote não prestou esclarecimentos adicionais à revista Vice.

O próximo Presidente dos Estados Unidos toma posse a 20 de janeiro de 2021.

ZAP //

4 Comments

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.