O Presidente dos Estados Unidos Donald Trump disse esta quinta-feira que deixará a Casa Branca se a vitória presidencial de Joe Biden for oficialmente confirmada, apesar de reiterar que não admite a própria derrota.
Questionado se deixaria a Casa Branca no caso do colégio dos grande eleitores confirmar a vitória do democrata Joe Biden, Trump afirmou: “Claro que vou. E você sabe disso”. Contudo, acrescentou: “Se o fizerem estarão a cometer um erro e será algo muito difícil de aceitar”.
Donald Trump repetiu esta quinta-feira acusações, sem fundamentar, de existência de “fraude maciça” e “dirigentes corruptos” que provocaram a sua derrota eleitoral e anunciou um comício no Estado da Geórgia, antes da eleição de dois senadores.
“Ainda há muito caminho para andar”, disse Trump na noite do Dia da Ação de Graças, apesar do facto de o Presidente eleito, Joe Biden, ter ganho a eleição. “Esta eleição foi uma fraude. Foi uma eleição manipulada”, acusou Trump, sem avançar provas.
Trump falou aos jornalistas na Casa Branca depois de ter estado em contacto com lideres militares dos Estados Unidos deslocados no estrangeiro.
Depois, e pela primeira vez desde o dia da votação para a Presidência, Trump aceitou perguntas e, de forma irritada, criticou dirigentes da Geórgia e Pensilvânia, dois Estados que contribuíram para a vitória de Joe Biden, acusando-os de “inimigos do povo” e culpados de fraude eleitoral.
Porém, até agora, dirigentes estaduais e observadores internacionais têm assegurado que não há provas de fraude maciça e os processos que a campanha de Trump tem apresentado sucessivamente em tribunal não têm vingado.
Trump disse também que iria fazer um comício com milhares de apoiantes na Geórgia, para apoiar dois candidatos republicanos ao Senado, os incumbentes David Perdue e Kelly Loeffler. Esta eleição, marcada para 5 de janeiro, vai determinar qual o partido que vai dominar o Senado.
Esta semana, a Administração de Serviços Gerais dos Estados Unidos apurou que Joe Biden é o “aparente vencedor” das eleições presidenciais, “abrindo caminho” para a transição formal que estava a ser bloqueada pela administração Trump.
O Colégio Eleitoral é um órgão integrado por 538 delgados eleitos pelos estados em função da sua população. O candidato vencedor em cada estado, mesmo que seja por um único voto, garante todos os representantes desse estado, com exceção do Nebrasca e Maine.
O próximo Presidente dos Estados Unidos toma posse a 20 de janeiro de 2021.
ZAP // Lusa