Primeiro-ministro francês aperta cerco a “coletes amarelos” violentos

Gouvernement / Facebook

O primeiro-ministro francês, Edouard Philippe

O primeiro-ministro francês, Edouard Philippe, prometeu firmeza perante os futuros protestos já anunciados dos “coletes amarelos”, para o próximo fim de semana, face à violência dos protestos de sábado passado.

Depois do novo surto de violência entre os manifestantes e as forças policiais, no último sábado, o primeiro-ministro francês, Edouard Philippe, foi à televisão avisar que irá apertar o cerco aos “coletes amarelos”.

Em entrevista ao canal TF1 na segunda-feira, o governante endureceu o discurso contra a violência e disse estar pronto para levar a votos uma nova lei para sancionar aqueles que não respeitam o dever de aviso de protesto e aqueles que participam nas manifestações usando máscaras.

Além disso, o primeiro-ministro quer também nas manifestações um dispositivo de segurança parecido com o que existe em estádios de futebol para fazer face aos hooligans. Assim, o chefe do governo francês quer tornar possível a interdição dos manifestados identificados como desordeiros.

A intenção apoia-se numa proposta de lei já votada no Senado, no ano passado, que pretende criar um registo de pessoas proibidas de participar em manifestações, avança o Diário de Notícias.

O primeiro-ministro francês anunciou ainda uma forte mobilização para as manifestações marcadas próximo sábado, com 80 mil membros das forças de segurança espalhados por todo o território francês (cinco mil só em Paris).

No último sábado, o movimento “coletes amarelos” contou com 50 mil participantes, passando assim a deter o recorde de manifestantes.

Face à violência registada, Benjamin Griveaux, porta-voz do Governo francês, teve de ser retirado do seu gabinete, na capital francesa, depois de uma violenta entrada com uma retroescavadora no edifício localizado na rua de Grenelle.

A autarquia de Paris referiu que 101 pessoas foram detidas em Paris e 103 interrogadas pela polícia. O Presidente Emmanuel Mácron garantiu que a “justiça será feita” face à “extrema violência” contra a República.

ZAP // RFI

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