/

Trinta e sete mulheres podem ser eleitas presidente de câmara em setembro

1

jad99 / Wikimedia

Edifício da Câmara Municipal de Lisboa

Número de mulheres a encabeçar listas deixa antever que as presidentes da câmara em Portugal deverão aumentar, mas de forma residual.

Em Portugal, das 308 autarquias existentes, apenas sete têm mulheres em maioria no executivo, são elas Alvaiázere (Leiria), Proença-a-Nova (Castelo Branco), Marinha Grande (Leiria), Nisa (Portalegre), Constância (Santarém), Penedono (Viseu) e Vieira do Minho (Braga). Estes municípios são os únicos no país em que os executivos camarários têm mais mulheres do que homens — sendo que destes apenas três são presididos por mulheres.

Nas últimas eleições autárquicas, 31 câmaras foram ganhas por mulheres — 18 pertencentes ao PS, seis ao PSD, quatro ao PCP e três independentes.

A expectativa é que nas próximas eleições de setembro este número possa aumentar, já que há mais candidatas do que que em 2013 (162) e 2017 (237). No entanto, o Diário de Notícias justifica este aumento com a chegada de novos partidos.

O Partido Comunista é o que mais candidatas cabeça-de-lista apresenta, 80, seguido do Partido Socialista, 44, dos Sociais Democratas, 31, do Chega, 30, do Bloco de Esquerda, 27, do CDS, 17, do PAN, 13, da Iniciativa Liberal, seis, e o Livre, três. Falta ainda contabilizar as candidatas independentes do PTT e do MPT.

Caso os valores estejam próximos dos de 2017, podem ser mais de 270 as mulheres candidatas a presidente de câmara nas próximas eleições autárquicas.

Ainda segundo o DN, a relação entre o número de candidatas e as que são eleitas presidentes de câmara é mais favorável ao PS, que nas últimas autárquicas conseguiu eleger 42% das suas candidatas, ao passo que o PSD elegeu 25% e o PCP 5% — apesar de ser a força política com mais candidatas a liderar listas. Estes são também os únicos partidos a conseguir eleger candidatas. Já os grupos de cidadãos conseguiram eleger 227% das suas candidatas.

Uma comparação entre os resultados de 2013 permite perceber que as variações não são significativas, com 41% das candidatas do PS a serem eleitas presidente de câmaras, 27% das candidatas do PSD, 11% das do PCP e 22% das candidaturas independentes — isto apesar de o número de candidatas às eleições ter aumentado 46% de 2013 para 2017. Com os portugueses a elegerem apenas 13,5% das mulheres.

Caso esta tendência se mantenha, nas próximas autárquicas deverão ser eleitas apenas mais seis mulheres do que em 2017 — foram 23 em 2012 e 31 em 2017, com quatro a sair para desempenharem outros cargos. Como tal, 2021 poderá ser o ano em que 37 mulheres serão eleitas presidente de câmara.

ARM, ZAP //

Siga o ZAP no Whatsapp

1 Comment

  1. Isto é como o lobby gay e o racismo. Queixam-se de discriminação até serem a maioria dominante em cargos de poder. Depois já não há discriminação, só mérito…

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.