Os polémicos anúncios da Yves Saint Laurent, que segundo os seus críticos transmitiam uma imagem degradante da mulher, foram retirados, informou esta sexta-feira a autoridade francesa de regulação profissional da publicidade, ARPP.
A entidade tinha solicitado na segunda-feira passada que a marca cancelasse a campanha em causa, depois de um organismo independente, o Júri da Ética Publicitária, ter recebido mais de cem reclamações.
Este organismo prevê divulgar um parecer sobre as imagens na próxima segunda-feira, mas a ARPP pediu entretanto a retirada do material publicitário ainda antes dessa sentença.
A ARPP considera que as posturas das modelos usadas na campanha da marca francesa “coincidem com a ideia de mulher objeto, sugerem uma ideia de submissão sexual, criam estereótipos sexistas e são susceptíveis de impactar a sensibilidade pública”.
Num dos polémicos anúncios, cuja divulgação coincidiu com a Semana da Moda de Paris, uma modelo com meias quadriculadas, casaco de peles e sapatos de salto com rodas, como se fossem patins, aparece deitada no chão com as pernas abertas, dobradas.
Em outro anúncio, uma jovem com as pernas esticadas, vestida com um body e também usando saltos com rodas, repousa a parte superior do corpo inclinada em um banco. Em ambos os casos, é notória a extrema magreza das modelos.
“Bravo, Yves Saint Laurent, pelas vossas campanhas misóginas. Muito bom gosto para celebrar o dia 8 de Março“, ironiza um utilizador no Twitter.
Para a ARPP, essas fotografias violam “gravemente” as normas sobre a imagem e o respeito da pessoa contidas no Código de Regulações da Publicidade em França. Os cartazes, explicou à agência EFE o director do organismo, Stéphane Martin, foram retirados na noite da quarta-feira.
Martin não detalhou a duração original prevista da campanha nem se a retirada foi uma iniciativa da própria empresa ou dos distribuidores, que foram aconselhados a levar em conta as reacções do público e a convencer o seu cliente a “mudar o ângulo” da acção.
As críticas disseminaram-se pelas redes sociais e contaram com o apoio da ministra francesa dos Direitos da Mulher, Laurence Rossignol, que disse à emissora “France 2” que a campanha colocava a mulher numa postura “humilhante” e mostrava modelos “quase anorécticas”.
Esta não é a primeira vez que a Yves Saint Laurent se envolve em polémica devido às suas arrojadas campanhas publicitárias. Há dois anos, a autoridade reguladora britânica proibiu um anúncio da marca devido à extrema magreza de uma modelo.
// EFE
Coitada da mulher. Deve estar encalorada, e está só a ventilar a coisa.
É um ângulo fotográfico tão natural como qualquer outro. O corpo humano é natural e belo de qualquer ângulo…………………. Mentes retrógradas e tacanhas. Já falta pouco para nos obrigarem a usar burkas, não?……………..
Enfim, o politicamente correcto (leia-se “politicamente maricóide”) está a dar cabo da criatividade artística. Por esse prisma, a maior parte dos filmes, fotografias, música, etc. dos anos 60 a 80, ia direitinha para a fogueira desses inquisidores…