Esta terça-feira, o Tribunal da Relação de Lisboa reverteu a decisão que absolvia António Joaquim do homicídio de Luís Grilo.
António Joaquim, que tinha sido absolvido do crime pelo homicídio de Luís Grilo, vai afinal ser condenado a 25 anos de prisão. Quanto à principal arguida, Rosa Grilo, a condenação mantém-se, noticia o Observador, depois de ter confirmado a noticia avançada pela TVI.
António Joaquim, o homem com quem Rosa Grilo tinha uma relação extraconjugal e que tinha sido absolvido, foi agora condenado a 24 anos pelo crime de homicídio qualificado e um ano pelo crime de profanação de cadáver.
O amante de Rosa Grilo tinha sido ilibado do envolvimento no crime, tendo o tribunal de primeira instância alegado falta de provas que colocavam António Joaquim no local do crime. Na primeira sessão do julgamento, Rosa Grilo ilibou o amante, tendo assegurado que foi ela quem tirou a arma do crime de casa sem que este soubesse.
Na altura, acabou por ser condenado apenas a 2 anos de prisão, com pena suspensa, por posse de arma proibida, uma decisão que, segundo o matutino, foi agora revertida.
O homícidio de Luís Grilo aconteceu no dia 15 de julho de 2018, na sua casa nas Cachoeiras, no concelho de Vila Franca de Xira. Após a investigação das autoridades, foram constituídos arguidos pelo crime Rosa Grilo, mulher do falecido, e António Joaquim, que mantinha uma relação extraconjugal com Rosa Grilo.
Os dois arguidos foram detidos a 26 de setembro desse ano, por suspeitas de serem os autores do homicídio de Luís Grilo.
A acusação do Ministério Público atribui a António Joaquim a autoria do disparo sobre Luís Grilo, na presença de Rosa Grilo, no momento em que o triatleta dormia no quarto de hóspedes na casa do casal, em Vila Franca de Xira.
O crime terá sido cometido para poderem assumir a relação amorosa e beneficiarem dos bens da vítima – 500.000 euros em indemnizações de vários seguros e outros montantes depositados em contas bancárias tituladas por Luís Grilo, além da habitação.
O corpo foi encontrado com sinais de violência e em adiantado estado de decomposição, mais de um mês após o desaparecimento, a cerca de 160 quilómetros da sua casa, na zona de Benavila, concelho de Avis, distrito de Portalegre.