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Eleito com 96%, Costa recusa prática estalinista de eliminar fotografias

(dr) SedeNacionalPartidoSocialista / Facebook

O novo líder do PS, António Costa

O novo líder do PS, António Costa

O candidato socialista a primeiro-ministro, António Costa, foi eleito secretário-geral do PS com cerca de 22700 votos, correspondentes a 96%, anunciou hoje o presidente da Comissão Organizadora do Congresso do PS.

Joaquim Raposo anunciou estes resultados na sede do PS, no Largo do Rato, em Lisboa, perante uma sala cheia de militantes, antes de António Costa discursar pela primeira vez como secretário-geral dos socialistas.

O presidente da Comissão Organizadora do Congresso do PS ressalvou que faltavam ainda apurar os resultados de 72 estruturas, entre as quais Coimbra e Viseu.

António Costa concorreu sozinho a secretário-geral do PS, depois da vitória de 28 de setembro que o proclamou como candidato do partido a primeiro-ministro e ditou o afastamento do anterior líder, António José Seguro.

Eleição no dia da detenção de Sócrates

A eleição do novo secretário-geral do Partido Socialista aconteceu no dia em que antigo líder e ex-primeiro-ministro José Sócrates se encontrava detido para interrogatório, indiciado por corrupção, fraude fiscal e branqueamento de capitais.

O PS “assume toda a sua história, os bons e maus momentos”, afirmou o novo secretário-geral perante uma sala cheia de militantes, na sede do partido, quando questionado sobre a detenção do antigo líder.

O PS não adopta as más práticas estalinistas de eliminar este ou aquele da fotografia”, declarou António Costa.

O novo líder tinha pedido, num SMS enviado este sábado aos militantes socialistas, que não se confundissem “os sentimentos de solidariedade e amizade pessoais” com a acção política do partido.

“Estamos todos por certo chocados com a noticia da detenção de José Socrates”, salientou António Costa na mensagem aos militantes, “mas ao PS cabea gora concentrar-se na sua acção de mobilizar Portugal na afirmação da alternativa ao governo e à sua política”.

No partido reina ainda o silêncio sobre José Sócrates, quebrado apenas por Edite Estrela e João Soares, que criticaram no Facebook a forma como José Sócrates foi detido.

ZAP / Lusa

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