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António Costa: “Vamos começar a reduzir a dívida a partir de outubro”

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Clara Azevedo / República Portuguesa

O primeiro-ministro António Costa

O primeiro-ministro declarou, este domingo, que Portugal vai começar a reduzir a sua dívida pública “a partir de outubro”, indicador que, aliado à descida do défice, sustenta o caminho de recuperação económica do país.

“Estamos a conseguir reduzir o défice e vamos começar a reduzir a dívida a partir de outubro. É a esta trajetória que temos de dar continuidade, e para darmos continuidade precisamos de dar força à mudança política que fizemos há dois anos”, vincou António Costa, falando em Trancoso, como secretário-geral do PS, perante dezenas de socialistas presentes na abertura da sede de campanha do candidato autárquico local.

O chefe do Governo e líder do PS diz ser “preciso dar força” aos socialistas para ser prosseguida “esta mudança de política”.

“Os resultados têm sido bons, mas temos de fazer mais para serem melhores e sustentáveis”, advogou, antes de pedir que seja dada continuidade ao trabalho iniciado “nesta legislatura” nas legislativas de 2019.

Em reação às declarações do primeiro-ministro, a presidente do CDS-PP e atual candidata à Câmara de Lisboa, Assunção Cristas, defendeu que Costa, “finalmente, parece querer acordar para a dívida”, cujos níveis elevados não mereceram ação consistente nem preocupação do Governo.

“Folgo em saber que o senhor primeiro-ministro, finalmente, parece querer acordar para a dívida. O CDS nos dois últimos anos tem sinalizado uma preocupação de termos uma dívida muito elevada e de o Governo não ter estado a cumprir com os objetivos a que se tinha proposto”, afirmou.

A líder centrista argumentou que esta é “uma matéria na qual não tem havido ação consiste nem preocupação da parte do Governo“.

“Logo no primeiro Orçamento do Estado o objetivo era chegar ao final do ano com 124% de dívida, estamos acima dos 130% e o PIB [Produto Interno Bruto] cresceu. Quer dizer que em termos globais temos mais dívida e em termos de percentagem também”, declarou, no final da apresentação da lista à freguesia de Belém, em Lisboa, no âmbito da sua candidatura à Câmara da capital liderando a coligação “Pela Nossa Lisboa” (CDS-PP/MPT/PPM).

Assunção Cristas responsabilizou também o Governo de António Costa pelo regresso a “práticas muito perigosas” como as dívidas no setor da saúde, que têm “impacto direto” na prestação de cuidados aos doentes. “Há cirurgias em atraso porque há faturas por pagar”, sublinhou.

ZAP // Lusa

6 Comments

  1. Pois, confesso que não estava a par do que tem sido a evolução da dívida no nosso país, mas fiquei mais esclarecido com o que vi há pouco a abrir o jornal das 20h:00 da RPT1.

    No governo de do sr. Sócrates houve um aumento brutal da dívida pública (penso que duplicou). Nos primeiros anos do governo PSD/CDS o aumento da dívida abrandou, acabando mesmo por descer nos últimos anos de governo. Com o PS e a sua geringonça a dívida voltou a subir.
    De facto o Sr. Costa tem andado distraído com a dívida, o que é um pouco chato, pois alguém um dia terá de a pagar!

    • De facto parece que o Costa ainda não aprendeu que não é por gastarmos muito dinheiro que nos tornamos ricos, apenas nos tornamos mais devedores, e que quem paga as contas não é necessariamente despesista, mas sim cumpridor das suas obrigações.
      Infelizmente o Costa ainda não aprendeu isto, mas os portugueses já aprenderam da pior maneira, com a amarga lição dada por um governo de que o Costa fazia parte. Eu ainda não me esqueci!

  2. Sim, é verdade. Contraíram dívida nos últimos meses para agora começar a pagar outra dívida. Foi o que disse o alienado do Centeno. Logo não vão reduzir dívida; vão apenas transformá-la.

  3. Portugal, infelizmente, só ira ver a sua dívida a diminuir quando nos começarem “perdoar” dívida.
    Nessa altura o que será de nós!
    Pobres de todos nos que vamos ver e sentir o que estes idiotas dos políticos têm feito nos últimos 30 anos.

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