Mário Cruz / Lusa
O primeiro-ministro, António Costa, com o Ministro das Finanças, João Leão, depois de a proposta de Orçamento do Estado para 2022 ter sido chumbada no Parlamento
Reunião entre António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa teve de ser reagendada devido à antecipação da cimeira extraordinária da NATO.
Sem perspetivas de que os resultados das eleições legislativas no círculo da Europa sejam contestados, António Costa deverá apresentar ao Presidente da República os nomes que constituirão o próximo Governo na próxima quarta-feira à noite. Para esse mesmo dia está previsto o fim dos procedimentos de apuramento dos resultados, na FIL, em Lisboa.
A notícia foi avançada pelo próprio primeiro-ministro, hoje, em Roma, onde participou numa reunião com os seus homólogos espanhol, italiano e grego sobre a política energética europeia e que serviu de preparação para o Conselho Europeu, no qual os quatro países contam apresentar uma posição concertada.
Segundo António Costa, o encontro com Marcelo Rebelo de Sousa chegou a a estar agendado para a manhã de quinta-feira, mas a antecipação da cimeira extraordinária da NATO obrigou a reajustes.
“Eu e o Presidente da República temos ajustado já várias vezes o calendário em função daquilo que têm sido as várias vicissitudes [do processo eleitoral]. O que agora está previsto é que a conclusão do apuramento dos resultados ocorra dia 23 e que antes de partir para Bruxelas eu possa entregar ao Presidente a lista dos ministros que integrarão o próximo Governo”, esclareceu, citado pelo Público.
Sobre os passos do processo que terminará com a tomada de posse do Executivo, António Costa explicou que o procedimento “terá que ser durante a noite de quarta-feira porque temos que esperar que sejam apurados os resultados. Foi marcada entretanto uma cimeira extraordinária da NATO [de chefes de Estado e de Governo dos países-membros] para quinta-feira [dia 24] logo de manhã, o que impede que o encontro possa ter lugar nesse dia”, aclarou.
“Mas está ajustado entre mim e o Presidente da República e não haverá problema de entrega e de contacto entre nós”, afiançou.
O primeiro-ministro considera “desejável” que o apuramento dos resultados decorra com total normalidade. “Que o sentido cívico dos nossos compatriotas que votaram massivamente nesta repetição das eleições seja devidamente tido em conta e que os seus votos sejam devidamente contados para preencher os dois mandatos parlamentares que faltam.”
