A chanceler alemã esteve em contacto, na sexta-feira, com um médico que testou positivo para o novo coronavírus e “decidiu ficar imediatamente em quarentena”, anunciou, este domingo, o porta-voz do Governo alemão.
Angela Merkel foi “informada que um médico que lhe tinha dado uma vacina contra infeções pneumocócicas na sexta-feira à tarde estava positivo” para o novo coronavírus, indicou Steffen Seibert num comunicado.
A chanceler alemã, de 65 anos, “será testada nos próximos dias” para saber se foi contagiada, adiantou o porta-voz, acrescentando que “prosseguirá as suas atividades oficiais em quarentena no domicílio” em Berlim.
Antes do anúncio da sua entrada em quarentena, Merkel, que está à frente do Governo alemão desde 2005, tinha apresentado novas medidas para conter a epidemia da Covid-19, incluindo a proibição de se reunirem mais de duas pessoas e o encerramento de todos os restaurantes no país.
“Há que reduzir absolutamente aos mínimos todos os contactos”, realçou Merkel à imprensa, alertando que festas ou outro tipo de convívios são “absolutamente inaceitáveis”.
Os alemães podem sair à rua com outra pessoa, mas, caso se trate de um agregado familiar, o número de pessoas pode ser ampliado. De resto, continua a ser possível seguir “para o trabalho ou ao médico”, informou a líder alemã, bem como praticar desportos ao ar livre de forma individual.
Porém, da reunião de hoje não saiu luz verde para a extensão do confinamento obrigatório à população à escala nacional, um sistema que já está em vigor na Baviera e em outros estados alemães com elevado número de infetados, mas que enfrenta a oposição de outros estados federados, menos afetados com o novo coronavírus.
A Alemanha conta com 18.610 casos do novo coronavírus e 55 vítimas mortais, de acordo com a página oficial do Instituto Robert Koch, entidade responsável pela prevenção e controlo de doenças.
O país registou um aumento de 1948 casos em relação ao dia anterior, com os estados federados da Renânia do Norte-Vestefália, Baviera e Bade-Vurtemberga a serem os mais afetados.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 308.000 pessoas em todo o mundo, das quais mais de 13.400 morreram.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália a ser o país do mundo com maior número de vítimas mortais, com 4.825 mortos em 53.578 casos.
ZAP // Lusa