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Maioria de direita na mira. André Ventura pede reunião a Rui Rio

José Sena Goulão / Lusa

O deputado único do Chega, André Ventura

O líder do Chega, André Ventura, vai pedir uma reunião ao presidente do PSD, Rui Rio, para “analisar os cenários prováveis de uma construção de uma maioria de direita” que tire o PS do poder.

A recente sondagem da Intercampus para o CM/CMTV e Jornal de Negócios mostrou que o PS continua a subir nas intenções de voto e o PSD a descer.

Com o fosso entre PS e PSD a aumentar, André Ventura vai voltar a pressionar o líder do maior partido da oposição, para que a direita volte a ganhar terreno. Segundo o Expresso, o líder do Chega diz que vai desafiar, ainda esta semana, Rui Rio para uma reunião com vista a futuros entendimentos entre os dois partidos.

“Vou propor esta semana uma reunião a Rui Rio para perceber se a ideia é continuar a permitir este estado de coisas ou fazer oposição dura e a sério, com o objetivo de salvar Portugal”, anunciou, no Twitter.

Para André Ventura, o PSD não pode continuar a ignorar a sua descida nas intenções de voto, permitindo que o PS reforce a liderança nas sondagens.

“As sondagens que foram publicadas hoje e nos últimos dias em vários OCS [orgãos de comunicação social] devem ser lidas muito a sério. Chega e PSD têm de assumir se querem ou não uma alternativa ao Governo de Costa, ou se é melhor continuar a gozar com as sondagens e fingir que está tudo bem“, acrescentou.

O deputado único voltou a frisar que, sem o apoio do Chega, não haverá um Governo de direita, cabendo ao PSD discutir eventuais acordos.

No que respeita às eleições autárquicas, o presidente do Chega disse que o objetivo político “é impedir que o PS continue a ser o partido com o maior número de Câmaras e permitir que Chega e PSD juntos tenham um maior número” de autarquias em Portugal.

“Isto será um sinal não só para o país, mas para o próprio PSD, para perceber que não governará sem o Chega nas próximas eleições legislativas”, realçou.

O Chega decidiu concorrer às autárquicas sem coligações, “exceto nos Açores em que a situação ainda está em análise”, e, no pós-eleições, “apenas e tão só quando for fundamental, para afastar o PS do arco da governação autárquica e para criar maiorias à direita”.

“As autárquicas vão permitir-nos ter um barómetro do país em relação à implementação do Chega e, por isso, decidimos arriscar. Vamos fazer o que outros não vão fazer. Vamos arriscar e pode correr bem ou pode correr mal”, acrescentou.

Liliana Malainho, ZAP // Lusa

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