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Ana Julia Quezada condenada a prisão perpétua pela morte de Gabriel

Chema Artero / EPA

Ana Julia Quezada foi condenada esta segunda-feira, em Espanha, a uma pena de prisão perpétua, passível de revisão, pela morte de Gabriel Cruz, filho do seu então namorado.

De acordo com o jornal espanhol El País, a madrasta torna-se, assim, na primeira mulher a ter esta pena. Ana Julia Quezada já tinha sido considerada culpada de assassinar, com maldade, a criança de oito anos, foi considerada autora de assassinato “com a circunstância agravante de parentesco”.

O Tribunal Provincial de Almeria condenou ainda Ana Julia Quezada por dois delitos de lesões psicológicas aos pais da criança: três anos pelo pai, Ángel Cruz, e dois anos e nove meses pela mãe, Patricia Ramirez.

No final de fevereiro do ano passado, Gabriel Cruz, de oito anos, saiu de casa da avó para brincar com os primos, perto de Níjar, no sul de Espanha, e nunca mais voltou. O desaparecimento suscitou uma rápida onda de solidariedade, com vários voluntários a juntarem-se às buscas.

Quatro dias depois do desaparecimento, uma camisola interior da criança foi encontrada pela companheira do pai, a cerca de quatro quilómetros do local onde Gabriel tinha desaparecido. No entanto, ao 12.º dia, a polícia intercetou o veículo em que seguia a madrasta da criança e encontrou o corpo de Gabriel na mala.

Ana Julia Quezada, de 45 anos, que acompanhava o pai da criança nas buscas e chegou a dar entrevistas sobre o desaparecimento, acabou por ser detida depois de se deslocar à fazenda onde estava a construir uma casa com o companheiro e de ter retirado algo de um poço, que envolveu numa manta e colocou na bagageira. Mas a polícia, como a estava a vigiar, viu.

A autópsia revelou que Gabriel morreu asfixiado, por estrangulamento, no próprio dia em que desapareceu. Ana Julia Quezada confessou o crime.

A acusação pedia a pena máxima permitida pela lei espanhola – prisão perpétua com revisão (ao fim de 25 anos pode ser pedida a reavaliação da pena), e uma pena acessória de dez anos de prisão pelos danos psíquicos provocados aos pais. A defesa da mulher, de origem dominicana, alegou que se tratou de um homicídio involuntário.

ZAP //

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