Amostra de ADN de Maëlys encontrada no carro de suspeito do rapto

(dr)

Maëlys de Araújo, menina luso-descendente de 9 anos que está desaparecida

Um dos dois suspeitos do rapto da luso-descendente Maëlys de Araújo, que foram detidos e libertados na semana passada, foi este domingo detido novamente, depois de ter sido encontrada no seu carro uma amostra de ADN da menina.

Segundo o jornal francês Le Parisien, um dos suspeitos foi novamente detido este domingo, desta vez acusado do rapto da menina luso-descendente Maëlys de Araújo, de 9 anos, que está desaparecida desde domingo, altura em que participava num casamento da família.

No decurso da investigação, dois suspeitos foram detidos, mas, entretanto, tinham sido libertados. Segundo avançou o Procurador de Grenoble em comunicado enviado à imprensa francesa, o homem de 34 anos foi detido após novas perícias à sua viatura terem revelado nos elementos de prova que levaram à sua acusação e detenção.

De acordo com a procuradoria-geral francesa, foi encontrada uma amostra de ADN de  Maëlys no interior da viatura, que tinha entretanto sido lavada.

O suspeito agora detido novamente, que esteve presente no casamento do qual Maëlys desapareceu, foi apresentado ao juiz de instrução criminal este domingo à tarde, e confrontado com inconsistências entre o testemunho e a prova recolhida, mas voltou a negar ter raptado a menina.

Em comunicado, a procuradoria revela que “o juiz de instrução não ficou convencido com as explicações apresentadas” e decidiu manter o suspeito de sequestro de Maëlys em prisão preventiva.

No interrogatório a que foi sujeito esta segunda-feira, o suspeito “declarou que a menina entrou no seu veículo com um rapaz, no assento traseiro, para ver se o cão – do suspeito – estava no porta-bagagem”, anunciou o advogado.

Bernard Méraud reconhece, assim, à agência France Press que uma amostra de ADN, correspondente provavelmente ao de Maëlys, foi encontrado “no painel de controlo” da viatura.

Uma semana após o desaparecimento da menina lusodescendente, em Pont-de-Beauvoisin (uma localidade dos Alpes), o suspeito, uma das duas pessoas detidas e libertadas neste caso, foi acusado de rapto e ficou em prisão preventiva.

O suspeito, que era conhecido do noivo e do pai de Maëlys, tem o seu nome na lista de infractores sexuais da polícia francesa, tendo sido anteriormente acusado de rapto e sequestro de uma menina de 15 anos.