Os candidatos do PSD às autarquias da Amadora, Oeiras e Coimbra rejeitam, à partida, alianças pós-eleitorais com o Chega.
Esta semana, o presidente dos Autarcas Sociais-Democratas disse que nenhum cenário deve ser posto de parte, numa referência a alianças pós-eleitorais com o partido de André Ventura.
“Mais do que os partidos, o que conta são as pessoas e se os candidatos em termos locais considerarem que têm condição de formalizar algumas coligações pós-eleitorais penso que elas não poderão, nem deverão ser excluídas à partida”, disse Hélder Silva, em entrevista à Renascença.
Ao Público, Suzana Garcia, candidata à Câmara Municipal da Amadora pelo PSD, CDS, Aliança, MPT e PDR, não deixa margem para dúvidas sobre alianças com partidos dos extremos.
Questionada sobre se, em caso de ganhar com minoria, ponderaria fazer um acordo com o candidato do Chega, Suzana Garcia disse que, “na Amadora, esta questão não se coloca pois o partido político Chega não vai eleger qualquer elemento para o executivo municipal”.
“Com a nossa vitória abriremos a participação da gestão municipal às forças políticas democráticas com representação na Câmara e também ao PCP, que tem tradição histórica no concelho, em nome da defesa dos interesses comuns dos amadorenses”, afirmou.
“Não prevemos igual entendimento com as forças políticas extremas, de ambos os lados do espetro político radical”, acrescentou.
Em Oeiras, o candidato do PSD Alexandre Poço recusa colocar o cenário como hipótese.
Da mesma forma, o independente José Manuel Silva, que encabeça uma aliança que junta sete partidos (PSD, CDS-PP, PPM, Volt, RIR, Aliança e Nós, Cidadãos) à Câmara de Coimbra, diz não ao apoio do Chega.
“A coligação Juntos Somos Coimbra está convicta da eleição de seis vereadores, o que permitirá governar sem entendimentos pós eleitorais, apesar de total respeito pela oposição”, disse em resposta ao diário, para logo a seguir sublinhar: “E não fará qualquer entendimento com partidos que não defendam princípios humanistas.”