O presidente dos autarcas social-democratas (ASD), Hélder Silva, considera que as coligações pós-eleitorais com o Chega não devem ser excluídas.
Hélder Silva, presidente dos autarcas social-democratas (ASD), disse em entrevista à Renascença que o PSD não deve pôr de parte coligações pós-eleitorais com o Chega, referindo-se ao caso dos Açores.
“Mais do que os partidos, o que conta são as pessoas e se os candidatos em termos locais considerarem que têm condição de formalizar algumas coligações pós-eleitorais penso que elas não poderão, nem deverão ser excluídas à partida”, afirmou.
Afastar essa possibilidade de alianças após as eleições autárquicas não deve ser colocado na sua “totalidade e com fundamentalismo”, considera o também candidato à Câmara Municipal de Mafra.
Rui Rio foi confrontado com esta questão numa entrevista ao semanário Expresso, na qual referiu ter “poderes para evitar coligações pré-eleitorais” uma vez que são apresentadas pelo secretário-geral no Tribunal Constitucional (TC), ao contrário da forma como os presidentes de Câmara distribuem os pelouros.
“Posso dizer aos presidentes de Câmara que gostava que eles não o fizessem, mas não o posso garantir, porque não tenho esse poder”, disse o líder social-democrata.
Esta quarta-feira, André Ventura, líder do Chega, confirmou ter enviado um convite a Rui Rio, ao líder do CDS, Francisco Rodrigues dos Santos, e da Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo, para uma conferência sobre um Governo de direita, a realizar-se em outubro.
Segundo o Público, o presidente do PSD alegou não ter recebido a carta por não estar na sede nacional do partido, em Lisboa. De qualquer forma escusou-se a responder a Ventura.
“Não dou resposta nenhuma ao Chega. O único líder partidário que a mim me compete comentar é o líder do PS porque é primeiro-ministro”, disse.