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Aluna dos Salesianos investigada por fuga de informação no exame de Português

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USP Imagens

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A Inspecção-Geral da Educação e Ciência (IGEC) está a investigar uma aluna do Colégio Salesianos de Lisboa, suspeitando que foi a autora da gravação que indicia uma alegada fuga de informação da matéria que ia sair no exame nacional de Português do 12.º ano.

O Expresso assegura que inspectores da IGEC estiveram no Colégio Salesianos, em Lisboa, suspeitando que a gravação que circulou pela Internet, nos dias anteriores ao exame nacional de Português do 12.º ano, foi feita por uma aluna desta escola privada.

A intenção do IGEC é confirmar se de facto houve uma fuga de informação e se sim, de onde é que esta partiu. Em causa está o crime de violação de segredo que pode culminar com pena de prisão até três anos e/ou a expulsão da administração pública, conforme nota o Expresso.

Vários alunos dos Salesianos revelaram ao semanário ter recebido a gravação através do WhatsApp, “pelo menos dois dias antes da prova”. “Alguns alunos identificam uma colega da escola como a autora do ficheiro áudio“, refere ainda o jornal.

Os inspectores do IGEC já falaram com o professor que denunciou o caso, Miguel Bagorro, da Escola Secundária Luísa de Gusmão, em Lisboa, que diz ao Expresso que, na segunda-feira, quando viu o que saiu na prova ficou “estupefacto”.

“O que foi dito na gravação foi exactamente o que saiu”, nota Bagorro, realçando que, “logo nesse dia”, escreveu “uma denúncia ao Ministério da Educação”.

“Não passa pela cabeça de ninguém que seja possível, por coincidência, acertar nas três coisas. É óbvio que houve uma fuga“, conclui este professor.

Primeira fuga em 21 anos de exames nacionais

O jornal lembra que “a guarda, distribuição e recolha dos enunciados” dos exames nacionais é “a maior operação de segurança anualmente realizada em Portugal, mobilizando grande parte do efectivo da PSP e da GNR”.

Em 21 anos de realização, e a confirmar-se a suspeita, esta é “a primeira fuga de informação na história dos exames nacionais”, acrescenta o Expresso.

O exame nacional de Português pode assim acabar por ser anulado, caso se confirme a fuga, forçando todos os alunos a repeti-lo.

ZAP //

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6 Comments

  1. Como é que uma aluna de um colégio privado tem acesso ao enunciado do teste? Tem algum familiar envolvido no processo de elaboração/logística do enunciado do exame, provavelmente.

    • A aluna diz que foi a explicadora que lhe disse o que estudar.
      Coincidência ou não a explicadora é professora e presidente de um sindicato (de professores presume-se).
      Está na gravação.

  2. “… forçando todos os alunos a repeti-lo” Não concordo! paga o justo pelo pecador? O exame deve ser anulado sim! A nota do ciclo de estudos deve ser considerada como nota final e os alunos que quiserem repetir a prova, fá-lo-ão em data exequível. Assim parece-me mais justo pois não pomos mais pressão sobre os alunos
    que não beneficiaram com a esta lamentável e inaceitável situação.

  3. «Em 21 anos de realização, e a confirmar-se a suspeita, esta é “a primeira fuga de informação na história dos exames nacionais”, acrescenta o Expresso.» Será que ainda há alguém que acredita nesta afirmação? Com este tipo de jornalismo reativo, em vez pro-ativo, não vamos a lado nenhum.

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