Altar-palco do Papa na Jornada da Juventude vai custar 4,2 milhões em ajuste direto à CML

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O altar-palco onde o Papa Francisco vai celebrar a missa final da Jornada Mundial da Juventude (JMJ 2023), em Lisboa, em agosto deste ano, vai custar 4,2 milhões de euros.

De acordo com o contrato publicado no Portal Base, a obrar foi adjudicada pela SRU – Sociedade de Reabilitação Urbana à construtora Mota-Engil, por um total de 4.240.000 euros mais IVA.

A empresa tem 150 dias para executar o projeto, pelo que o altar-palco deverá ficar pronto entre junho e julho, avança o Observador. A obra foi adjudicada por ajuste direto ao abrigo do Orçamento do Estado para 2023, que abre uma exceção à JMJ 2023.

“[…] As entidades adjudicantes podem adotar procedimentos de ajuste direto quando o valor do contrato for inferior aos limiares referidos nos n.os 3 ou 4 do artigo 474.º do CCP, consoante o caso”, lê-se nesse artigo. O limiar em causa é de 5,35 milhões de euros.

A Câmara Municipal de Lisboa já se comprometeu a gastar até 35 milhões de euros em vários custos associados à organização da JMJ 2023.

O valor pago pelo altar-palco é muito superior ao que foi pago em 2010 para a instalação do palco para a missa do então Papa Bento XVI. Na altura, a obra custou entre 200 e 300 mil euros, tendo sido paga através de uma angariação de fundos entre empresários amigos da Igreja.

Numa nova enviada ao Observador, a autarquia justifica o custo do palco, salientando que “a complexidade desta obra não é comparável a nada que tenha sido feito em Portugal”.

“O Palco do Parque Tejo, onde estará instalado o altar, vai ter capacidade para acolher num mesmo momento até 2.500 pessoas que farão parte dos eventos que vão acontecer a 5 e 6 de agosto no Parque Tejo. Entre orquestra, coros, e concelebrantes, este palco multiusos vai ser elevado a 9 metros do chão, com uma cobertura metálica que permite que o altar seja visto o mais longe possível, já que são esperados cerca de um milhão e meio de participantes nos quase 100 hectares de terreno do Parque entre Lisboa e Loures. Além do encontro com o Papa, vários concertos e representações vão acontecer neste palco nessas 48 horas”, sublinha a autarquia.

Além disso, “a obra do palco ficará para a cidade e será de fruição dos Lisboetas após a JMJ”.

ZAP //

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