Almeida Henriques, antigo secretário de Estado Adjunto da Economia e Desenvolvimento Regional do Governo de Passos Coelho, e atual presidente da Câmara de Viseu, é suspeito de ter recebido dinheiro por favores ao empresário Agostinho Simões.
De acordo com o Jornal de Notícias, o autarca social-democrata está a ser investigado pelo Ministério Público (MP) e pela Polícia Judiciária (PJ) do Porto, por suspeitas de ter facilitado negócios de Agostinho Simões, empresário detentor da marca Tomi, acusado no processo do Turismo do Porto e Norte de Portugal.
Segundo a PJ, o autarca terá telefonado a presidentes de câmaras, como Manuel Machado, de Coimbra, e Rui Moreira, do Porto, bem como a outros políticos para que estes recebessem o empresário por forma a este obter negócios.
O esquema terá tido início em 2010, altura em que Almeida Henriques terá começado a receber uma “avença” mensal de 1.200 euros através da QI Consultoria Empresarial, que o então deputado na Assembleia da República deixou de gerir em 2011, passando a gerência para a esposa.
A Polícia Judiciária reuniu provas de solicitações de dinheiro no caso das lojas do Turismo Norte, no âmbito da Operação Éter, e Almeida Henriques terá recebido 120 mil euros pelos serviços prestados, enquanto esteve no Governo entre 2011 e 2013 e no Parlamento. Uma série de escutas comprovam alegadamente este alegado tráfico de influências.
Questionado pelo JN, Almeida Henriques recusou comentar a acusação.
Este é dos que fazem parte do grupo do arquivar, se tivessemos uma justiça, investigadores e jornalistas de investigação sérios e independentes muitos mais vínhamos a saber e de várias cores.