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Ai-Da, a robô artista, foi detida no Egito antes da sua mais recente exposição

Ai-Da, a primeira robô artista ultrarrealista do mundo, foi detida pelas autoridades egípcias na alfândega por “questões de segurança”.

De acordo com o jornal The Guardian, está previsto que Ai-Da apresente o seu último trabalho na Grande Pirâmide de Gizé, esta quinta-feira, tratando-se da primeira vez em muitos anos que foi permitido expor arte contemporânea perto da famosa pirâmide.

No entanto, aquela que é considerada a primeira robô artista ultrarrealista do mundo foi confrontada com um ligeiro imprevisto. À chegada a território egípcio, tanto Ai-Da como a sua escultura foram barradas na alfândega, tendo lá ficado durante 10 dias. O motivo? “Questões de segurança”.

Segundo o diário britânico, as autoridades egípcias temiam que a robô fizesse parte de algum plano de espionagem, uma vez que possui um modem e câmaras nos olhos (que usa para desenhar e pintar).

Tanto Ai-Da como a escultura foram libertadas esta quarta-feira, horas antes do início da exposição Forever Is Now, mas o episódio acabou por gerar alguma tensão diplomática.

“O embaixador britânico trabalhou durante a noite para libertar Ai-Da, mas estamos prontos para o trabalho agora. É muito stressante”, declarou Aidan Meller, o humano por detrás desta robô artista, pouco antes da sua libertação.

“Posso retirar os modems, mas não consigo arrancar os olhos dela”, disse ainda o seu inventor sobre as questões de segurança invocadas. A embaixada britânica no Cairo, por sua vez, disse ter ficado “feliz” por saber que o caso foi resolvido.

A escultura de Ai-Da é uma brincadeira com o enigma da esfinge: “O que anda em quatro pés pela manhã, dois pés ao meio-dia e três pés à noite?” (pergunta para qual a resposta é um humano).

“Quatro pernas quando somos uma criança, duas pernas quando já somos um adulto e três quando já somos velhos e precisamos de uma bengala. Então, Ai-Da produziu uma versão enorme de si mesma com três pernas”, contou Meller.

“Estamos a dizer que, na verdade, com o aparecimento da nova tecnologia Crispr e pela forma como podemos fazer edição de genes hoje em dia, a extensão da vida é muito provável. Os antigos Egípcios estavam a fazer exatamente a mesma coisa com a mumificação. Os humanos não mudaram: Ainda temos o desejo de viver para sempre“, explicou ainda.

Ai-Da foi batizada em homenagem à pioneira da computação Ada Lovelace, tendo sido construída por uma equipa de programadores, roboticistas, especialistas em arte e psicólogos. O projeto multimilionário foi acabado em 2019 e é atualizado à medida que a Inteligência Artificial melhora.

ZAP //

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