Em 2018, o número de prestadores de saúde procurados pelos beneficiários da ADSE no regime livre ou com convenção com o subsistema de saúde dos funcionários públicos diminuiu. Ao todo, a este subsistema de saúde perdeu 1807 prestadores de cuidados privados.
A notícia é avançada esta segunda-feira pelo Correio da Manhã, que tem por base o o relatório de atividades de 2018. De acordo com o documento, a que o diário teve acesso, os beneficiários da ADSE acederam aos cuidados de saúde de 28 915 prestadores, no âmbito do regime livre – menos 1794 prestadores do que em 2017.
No regime convencionado, a ADSE cessou acordos com 13 prestadores (num universo de 1598), uma evolução que a direção explica com a “atualização da base de dados”.
Num parecer sobre o relatório, o Conselho Geral e de Supervisão (CGS) critica o documento por não explicar esta “diminuição significativa”.
Em declarações ao matutino, José Abraão, líder da Fesap com assento no órgão consultivo, aponta os atrasos nos reembolsos como uma das possíveis causas. “É normal que o beneficiário não procure tanto os prestadores, se sabe que o reembolso demora meses”.
Já Eugénio Rosa, vogal do Conselho Diretivo da ADSE, desvaloriza a redução, que justifica com o facto de o regime livre ser preterido pelos beneficiários por lhes sair mais caro (a comparticipação é menor neste regime).
O CGS recorda ainda que não são firmados acordos desde 2016. José Abraão diz que há “centenas de pedidos” sem resposta: como o Hospital da Luz e o Trofa Saúde, ambos em Vila Real. Nos últimos três anos, deram entrada, em média, 280 pedidos/ano.