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Adeus à austeridade abre buraco de 11 mil milhões nos próximos anos

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partidosocialista / Flickr

O primeiro-ministro, António Costa, com o ministro das Finanças, Mário Centeno

O plano desenhado por Mário Centeno para o Orçamento poderá obrigar a um grande aumento da dívida.

Um relatório da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) enviado à Assembleia da República mostra que o Estado vai ter uma fatura de 11 mil milhões de euros a mais para que possa ser reduzida ou eliminada a austeridade pós-resgate da troika.

Para uma redução mais lenta do défice público, entre 2016 e 2019 será necessário financiar nos mercados 17,1 mil milhões de euros – um acréscimo de 10,9 mil milhões de euros face aos planos tornados públicos há quatro meses, que apontavam para 6,2 mil milhões.

Em vez do défice previsto de 1,8% do PIB no final deste ano, o Executivo socialista aponta para um deslize de 2,8% nas contas, um valor que obriga Portugal a aumentar os níveis de endividamento em cerca de dois mil milhões de euros.

A UTAO destaca que “o défice orçamental do Estado fixar-se-á em cinco mil milhões de euros, 3,8 mil milhões de euros e 3,1 mil milhões de euros em 2017, 2018 e 2019, respectivamente”, o que configura “uma revisão em alta face à última previsão” comunicada pelo IGCP – Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública aos investidores em setembro.

Para promover a recuperação dos rendimentos das famílias e assim estimular um maior consumo interno na economia portuguesa, o PS anunciou uma série de medidas que vão aumentar a despesa pública relativamente aos gastos previstos pelo anterior Executivo, penalizando o défice orçamental.

Além disso, o Governo de António Costa assumiu para o banco Banif uma solução que irá obrigar ao registo de mais despesa pública além da já aplicada na instituição financeira para evitar o seu colapso.

Ao todo, entre 2016 e 2019, o IGCP terá de financiar 73 mil milhões de euros – quase tanto como o dinheiro pedido emprestado à troika.

ZAP

40 Comments

  1. Como era previsto e voltamos nós ao mesmo. O PS SEMPRE no SEU MELHOR. Quem paga estas “benesses”? o ZE LORPA como não podia deixar de ser. E vamos nós a caminhar fortemente p/ a bancarrota. Os portugueses nada se mexem só quando estiverem completamente em baixo é que vão reclamar, nessa altura vai ser muito TARDE.

  2. Qual a novidade desta notícia? O buraco já começou a ser aberto…e vão cavar tão fundo que vão ser necessários vários resgates para normalizar a situação, isto se tiver concerto! E o povo impávido e sereno a ver o país ir pelo cano!

      • VC Maria ignorantes foram os que concordaram com a ida do AC e dos outros por arresto para o Parlamento. Estavam todos com sede de mais dinheiro como se ele caisse do ceu. Agora pagamos todos o que é uma pena porque quem os colocou lá é que devia pagar as favas. Achavam que estavam mal ? Esperem pela volta que o buraco orçamental tem que ser pago e cai sempre para os mesmos porque a historia do AC so vai ser bonita enquanto houver o dinheiro que ficou nos cofres do Pqassos Coelho que era mau mas espero para ver !!!

    • “isto se tiver concerto”. Aqui “conserto” escreve-se com s, porque concerto com c refere-se a um espectáculo de música. (como não aderi ao AO, continuo a colocar o C em espectáculo) .

    • Mas olhe que segundo notícias saídas hoje os investidores estrangeiros afirmam não estar mais interessados em emprestar dinheiro aos bancos portugueses devido aos acontecimentos nos bancos nos últimos tempos e assim sendo bancos de um lado governo do outro parece estarmos a caminhar para uma situação a médio prazo bem mais difícil do que a de 2011, em breve seremos uma ilha perdida na Europa!.

  3. Sendo dinheiro direcionado para pagadores de impostos é sempre bem empregue.
    É mal empregue nos sanguessugas Banif, BES, BPN e escumalha envolvente

  4. mais vale ter a coragem de “abrir um buraco” para reanimar a economia e ajudar os imensos prejudicados pelo desgoverno anterior, do que varrer para debaixo do tapete a dívida do Banif, a da Segª Social e o que mais estará ainda para vir !!!!

  5. É só parar de dar de mamar a oligarcas corruptos, que já sobra dinheiro pra compensar as medidas anti-austeridade: Parém de financiar PPPs, bancos e outros interesses económicos privados com o dinheiro dos contribuintes, que com menos corrupção, já se consegue pagar os ordenados e as pensões sem aumentar a dívida.

    Nunca vi a puta da Troika reclamar contra as rendas das PPPs, Fundações, SWAPS, Vistos Gold, BPNs, SLNs, Novo Banco, etc… Pra isso tem de haver sempre guita e pra isso já a dívida pode aumentar à vontade.

    Temos de meter na cabeça: Há em curso uma Guerra entre interesses corporativos de grandes grupos económicos, e a população dos restantes cidadãos!.. A Troika serve os primeiros e nós temos de ter alguém que defenda os segundos.

    Quem acordou a tempo pra isto, foi a Islândia!

  6. as politicas deste governo comunista que temos aplicadas á realidade só podem dar em atraso no desenvolvimento e no aumento da despesa. Ainda existe quem tenha esperança que não seja assim. Vamos ver no que isto vai dar… quando virmos no que isto vai dar já é tarde demais. Depois lá veêm os mesmos tentar endireitar tudo outra vez. Para a festa ser total só falta o Presidente da Republica comunista. Então só restara a emigração para os que ainda resistem.
    Enquanto a classe politica não for responsabilizada criminalmente querem todos ir para o poleiro. Se pagassem pelos erros os ladrões já pensavam duas vezes.

  7. Deixem de sacar dinheiro do Estado (dos contribuintes, entenda-se) para pagar as jogadas das PPPs, Fundações, SWAPs, SLNs, BPNs, Banco Novo e BANIF… E vão ver se já não sobre dinheiro pra ordenados mínimos, pensões, reduções de TSU, sem aumentar o défice nem a dívida.

    Acho graça que tudo o que seja sacar aos contribuintes para enriquecer interesses corporativos privados, a Troika não abre o bico. Mas quando o dinheiro está a ser usado para melhorar um bocadinho que seja, a qualidade de vida dos cidadãos… Epá isso é que não!..

    Costa ou qualquer Governo que faça o que quer que seja em benefício dos cidadãos e não dos grandes interesses económicos, será sempre odiado pela Troika e pela Banca. Tal já conteceu na Grécia! E embora Costa esteja longe de ser o Varoufakis a verdade é que basta favorecer um bocadinho os cidadãos perante os grandes interesses económicos, que é logo um alvo a abater!

      • Mas qual aumento de qual dívida? O Vasco convirá que leia, analise e reflicta sobre o que os outros escrevem antes de responder. E caso não concorde, se reporte ao que os outros escrevem, ponto por ponto, para dizer com que é que discorda e porquê. Eu acabei de explicar agora mesmo acima, de que forma é que se vai arranjar dinheiro para as chamadas “benesses” não se reflictam no défice e por conseguinte na dívida.

        Além disso chamar a um ordenado mínimo de 500 e tal euritos uma benesse, no contexto do nível de vida Europeu, é mesmo à masoquista. Mas o Português é assim mesmo: “Quanto mais me bates mais gosto de ti”.

        “Ordenados de 600 euros? Nós não merecemos, é bom demais!
        Défice excecivo? Dívida pública? A culpa é nossa, a culpa é nossa, a culpa é nossa!!.. O Zé Povinho é que andou a gastar demais!.. Até mete nojo ter de ir a Punta Cana e ter de encontrar a ranhosa da filha da sopeira, que tem a mania que tem direito às mesmas coisas que eu! Classes inferiores de merda que levaram o país para o endividamento, a viverem acima das possibilidades!.. ”

        É assim que o português gosta de pensar. Se nos xulam é porque mercemos. Se nos dão alguma coisa, desconfiamos e dizemos logo que isto vai trazer más consequências, quais profetas da desgraça.

  8. Ó caro Miguel Queiroz. Você faz-me lembrar um pouco o nosso ex-selecionador nacional, seu homónimo. Falava muito e acertava pouco. Porque não dá também o exemplo da Argentina? Concordo que tem de se rever todos os roubos das PPPs, Swaps e tralhas afins. Mas mesmo assim o buraco permanece…. perdão, aumenta de ano para ano. Enquanto houver défice temos sempre a dívida a crescer. E quem e quando paga essa dívida? De nada serve vir invocar gregos loucos, demagogos, porque a realidade nua e crua é que não podemos gastar mais do que geramos e isto aplica-se a tudo na nossa vida. Primeiro endividamo-nos e depois não queremos pagar e a culpa é de quem emprestou!!! Ó Miguel Queiroz… por acaso não tem aí uns trocos a mais que eu prometo devolver-lhos… logo que possa, mas antes de lhos pagar ainda vou melhorar o meu nível de vida, comprar casa nova, carro novo, roupa das melhores marcas… mas eu prometo-lhe pagar, ou então… depois o meu filho paga ao seu. Ganhem juízo e deixem-se de tretas…

    • Se eu falo muito e acerto pouco, o Sr “Argentina” então não acerta mesmo nada (nunca percebi o medo de usar o nome verdadeiro mas o Português gosta pouco de dar a cara pelo que pensa).

      Faz-me confusão a preguiça e a desonestidade intelectual de dizer “você não acerta no que diz”, mas depois não explicar porquê. É de uma falta de argumentos de bradar aos céus. Qualquer idiota diz “não porque não” mas com esses nem vale a pena perder tempo. Se quiser dizer que discorda, diga em quê e porquê, referindo-se a cada ponto do meu comentário. Senão Mais vale não perder boas oportunidades de ficar quieto. O silêncio é de ouro.

      Vou mostrar-lhe como é que se faz:

      #1: Você diz “mesmo assim o buraco permanece”. Mas o senhor por acaso tem alguma noção dos números? O Senhor sabia por acaso que as rendas pagas às PPPs rondam os 40 mil milhões de Euros, que é 4 vezes o Orçamento da Saúde? Sabia que este valor daria pra cobrir 10 vezes o défice? PPPs são modelos de negócio, em que os riscos correm sempre por conta do Estado, mas os lucros estão inevitavelmente garantidos aos privados. Mais: Os privados dão-se ao luxo de estimar lucros anuais que o Estado tem que lhes garantir com o dinheiro dos contribuintes, no caso de tais valores não serem atingidos. Isto é o mesmo que eu montar uma fábrica de cabeças de alfinete e estimar 300 mil milhões de lucro anual. Se não os tiver pela rentabilidade do negócio, o Estado saca aos contribuintes pra mo pagar. No caso do total das PPPs estamos afalar de 40 mil milhões de Euros.

      SWAPs – Um exemplo: contrato Swap, assinado por Sérgio Monteiro enquanto representante à altura de um consórcio privado, gerou perdas de 152 milhões de euros. Pior. Que esse mesmo contrato, foi resgatado pelo Estado, que assumiu assim todos os prejuízos decorrentes dessa operação financeira engendrada por Sérgio Monteiro no privado.

      Só alguém muito burrinho é que não vê que os escândalos das SWAPs, PPPs etc… Atravessam vários governos de vários partidos. Esta malta come toda à mesma mesa às nossas custas (vulgo, à custa do Orçamento de Estado) e pessoas como você depois andam aqui “O PSD é que é bom! Não o PS é que é! Viva a Direita! Viva a Esquerda!…” – Patético!.. O Tuga realmente tem o que merece e ainda se auto-flagela.

      Por isso ò “Argentina”, quando você me vem com balelas do estilo “Enquanto houver défice temos sempre a dívida a crescer. E quem e quando paga essa dívida?”… Eu acho que a resposta pra isso ficou já dita por mim atrás mas sem paleio de xáxa… com números reais que falam por si. Nós só temos défice (e logo dívida crescente) porque há um vazadouro de corrupção que tugas como vossa senhoria, acham que é uma espécie de mal inevitável e que com esse dinheiro nem vale a pena já contar. Esse dinheiro tem de ir à viola…. E nós temos é que nos governar com o que sobra. E depois o que sobra não dá pra aumentar ordenados por si só já misráveis do zé povinho. Esse não conta… Tem que se contentar a comer merda e depois dizer que a culpa da crise é dele que andou a viver à rico!

      Quem não diz nada de jeito é você, ò Argentina. Acho que o que eu aqui expliquei com números anula tudo o que você disse, sem grande dificuldade.

  9. Os filhos e netos dos socialistas deviam ter vergonha da herança que os seus pais lhes estão a deixar: um país do terceiro mundo de miséria e de fome à custa de engordar o presente. E já faltou mais.

  10. Não há nenhuma novidade. Já sabíamos há anos que assim o seria. O que Passos fez foi apenas tornar possível o pagamento de certa parte da dívida. Passos continuou a ir aos mercados semanal e quinzenalmente para se financiar pois sem esse financiamento não conseguia suprir todas as necessidades orçamentais (onde se inclui um gigantesco pacote de prestações a pagar aos nossos credores).

  11. Arrumem os bancos que nos comem os olhos da cara e metade da divida fica logo resolvida.
    Quanto aos que se dizem prejudicados por tudo isto só falam o que falam pelo simples facto que esses mesmos que dizem que os filhos e netos do PS é que vão pagar e quem ajudou a gastar à forte e à francesa não foram os seus pais e avós?
    Existe tanta divida das instituições financeira como a divida dos privados que também não souberam comer só o que era deles. É por estes motivo que eu comento que não tenho pena nenhuma desses tesos que se armam em ricos depois dizem-se INSOLVENTES e todos pagamos. Portanto entre os que têm a mania da riqueza são uns desgraçados como aqueles que se dizem endinheirados com os créditos que assumem na banca corruta e desorganizada. É o Estado, Governo e Portugal que temos, mania de RICOS e TESOS como a BIROTES.

  12. Pergunto eu quantos analfabetos teriam mais capacidade de governar este país do que estes estudiosos que nem sequer nunca tiveram a dificuldade em ganhar para comer uma simples refeição; deixar de pagar dívidas atempadamente aumentando o prazo e por consequência aumentando os juros endividando gerações futuras para dar agora algumas benesses e todas elas implicando mais despesa não havendo sequer a certeza se trarão contrapartidas no futuro poderão até algumas delas ter um efeito negativo, quem é que não seria capaz de governar o país desta forma? Pelos vistos a afirmação do Sócrates de que as dívidas não são para pagar produziu efeito.

    • Benesses? O quê os 25 euros a mais num ordenado miserável? Ou os 50 cêntimos de aumento de pensão?

      Benesses são os 40 mil milhões roubados aos contribuintes para meter no bolso das PPPs ou os custos de milhares de milhões que as SWAPs têm para os contribuintes, ou as injecções de capital nos Bancos falidos.. Tudo com dinheiro dos contribuintes! Isso sim eu chamo benesses e sem elas já nem havia dívida!

      Estamos nós aqui a discutir o impacto no défice de 25 euros por ordenado mínimo?… Fdsssssss!… Que caramba: E a lei do pobre cada vez mais pobre e do rico cada vez mais rico, é o que você defende! Vão la buscar os activos do BES e vejam pra quantas vezes 25 euros isso dá!

      A mentalidade Tuga é: Ah e tal… O quê? O Dinheiro da corrupção? Ah pá, esse já não conta. Temos de fazer contas é só com o que sobra…” – IRRRAAA!.. O dinheiro existe, porra! Vão lá buscá-lo onde ele não tem legitimidade nenhuma pra estar a acabam-se já os problemas!..

      Não… Ordenados MINIMOS mais altos é que não pode ser. Quem é que esses gajos pensam que são?

  13. Quando há lucro, é para o banco. Quando há prejuízo é para o contribuinte. Se são bancos privados, porque será que eu como contribuinte terei que financiar os bancos e não os deixar falir. Tantas empresas privadas falidas, tantas famílias falidas, tantos contribuintes falidos e porque eu contribuinte que se peço um empréstimo, a esses bancos, pago com juros chorudos, terei que financiar os dinheiros mal geridos da banca e seus comparsas ? Terei que pensar que a classe politica, tem também muitos interesses chorudos por detrás disto tudo, para nos empurrar para empréstimos que são para a banca.

  14. Caro Viver com Dignidade. Quem pensa o senhor que “eles” protegem quando intervêm num banco?!! Protegem o sistema financeiro no seu todo e os depositantes em particular. Quem poderia assegurar o mínimo dos depósitos dos particulares e de todas as responsabilidades que esse bancos têm com o restante sistema financeiro? Os ex-donos? Por amor de Deus. O senhor desconhece a dimensão das grandezas que estão aqui em jogo. Não se pode falar do que se desconhece e infelizmente a economia é como o futebol, é só treinadores de bancada a falar do que desconhecem. Leiam qualquer coisa antes para depois não fazer afirmações ridículas. Se os bancos que “fecharam” e que ainda estão para “fechar” não fossem suportados por todos nós (infelizmente) amanhã o senhor provavelmente estaria de mão estendida a ver se alguém lhe dava alguma coisa para comer.

    • Não seja tão crédulo! Esse argumento da proteção do sistema financeiro até poderia ser defensável no caso do BES mas nunca para um BANIF. Acredita mesmo que deixar cair um micro banco que iria afetar 7.411 depositantes com mais de 100 mil euros afetaria a credibilidade de milhões no sistema bancário?

      A verdade é que nesses 7 mil depositantes estão muitos políticos e pessoas influentes com boa capacidade lobista como se verificou. Compreenderia que viesse aqui escrever ai e tal, é o país que temos, são os políticos corruptos que temos e outros desabafos do género. Até louvaria a franqueza se confessasse a riqueza (que de errado nada tem se se tratar de dinheiro honesto) que se iria esfumar por ser um dos 7 mil que efetivamente seriam penalizados com uma insolvência do BANIF, mas não sendo esse o caso, só posso compreender o tom agressivo do seu comentário se o justificar com a ignorância e ingenuidade acomodada pela falta de sentido critico que infelizmente carateriza o povo (sim, POVO Sr. José Magalhães).

      Ah! Por favor não me mande ler umas coisas 🙂
      O meu primeiro contacto com o sistema bancário foi há mais de 20 anos numa pequena mas influente salinha na rua do ouro onde se seguia a política monetária portuguesa.

  15. Mas por aqui ainda alguém acha que não vivíamos melhor antes do Euro ?
    Não digo nos primeiros anos que foi para os mamões chuparem tudo mas o povo normal de trabalho, cheguei a ganhar ordenados de 300 contos a lavar vidros nos baileus sim 300 contos e hoje em dia quem trabalhe no ramo a arriscar a vida todos os dias ganha 500 ou 600 euros, vejam bem a diferença antes e depois do euro basta fazer contas.
    1 grande erro foi na altura deixarem que os bens subissem logo para o dobro mas claro os ordenados foram apenas calculados pelo mesmo valor e depois disto foi erro atrás de erro com propostas e leis de encher a barriga a todos os grandes grupos financeiros e sistema financeiro incluído.

  16. Alguém se convence que estes políticos pensam no bem do País? Alguém acha mesmo mesmo que… são pessoas idóneas e sem qualquer interesse/motivação partidária ou pessoal? (se acham.. então merecem o que está para acontecer.. sim.. porque vai acontecer!!!)

    Não!!! Isto é cada um por si e Deus por todos!

    Acham mesmo que se o objectivo fosse melhorar o país no verdadeiro sentido da palavra.. que.. este tipo de medidas eram tomadas? Acham mesmo?!?

    E… não foi sempre assim? Uns tentam reparar a coisa.. e os outros destroem a seguir? Uns poupam.. e os outros gastam?

    Eu nem consigo classificar isto… tenho vergonha de ser Português!

  17. Como compreender que não se mude uma constituição que permitiu
    que uma maioria não governe,
    que uma maioria seja relegada a oposição
    e que a FALSA maioria disfuncional com a extrema esquerda (irresponsável)
    afinal não funcione e que um partido minimamente responsável os ajude a desgovernar até que alguém convoque eleições antecipadas.
    Afinal, se era para ter um CENTRALÃO deveria ser primeiro-ministro o que ganhou a maioria com um esforço de 4 anos de tentativa de recuperar o que estava em crash.
    Acabamos com um centralão com um PM e com os ministros errados.
    Urge mudar rapidamente a constituição COMUNISTA e a desrresponsabilização de políticos que comprometem a nossa felicidade e o futuro….

  18. Ó caro Observador. Parece que nos tempos que passou na Rua do Ouro andou distraído. O problema não tem apenas a ver com credibilidade (até porque se houvesse um referendo relativo a esta matéria veríamos que todo o sistema financeiro estaria pelas ruas da amargura). Refere que é um microbanco. Está certo, é de facto pequeno no nosso sistema financeiro. E se eu lhe garantisse que existem mais dois microbancos que caso cheguem à mesma situação (e se calhar não está assim tão longe a avaliar pelas práticas de concessão de crédito que tiveram no passado) também serão intervencionados do mesmo modo, e acredite que não têm esses grandes depositantes, lobistas que o senhor refere. Apenas têm interesses cruzados com outras entidades do sistema financeiro e empresarial. O sistema financeiro é complexo e interdependente. Nenhuma entidade vive isolada das restantes. E perante quedas mesmo de microbancos num sistema financeiro todo ele pequeno (à escala global) e marcado por grandes dificuldades (todos eles estão a a arder caso ainda não tenha reparado, em maior ou menor grau), acredite que o impacto é sempre muito mais complexo do que imagina. E outra coisa que parece que não terá percebido, a avaliar pelo seu comentário, é que o problema não está nos pequenos / médios depositantes mas nos restantes credores! Tendo estado na Rua do Ouro deveria perceber isso.

  19. Caro Miguel Queiroz. De facto não diz nada de novo nem que não seja do conhecimento público. Como referi e provavelmente não leu “Concordo que tem de se rever todos os roubos das PPPs, Swaps e tralhas afins.” Sou o primeiro a dizer que isto é e sempre foi uma bandalheira. Mas ao contrário do que refere o encargo anual público e conhecido com as PPP são 1.5 mil milhões. É fácil mas tb altamente demagógico comparar realidades em diferentes calendários. Bem sei que lhe dá jeito mas é feio. Refere 40 mil milhões… é feio fazê-lo. Não lhe fica bem porque depois tudo o resto cai por terra. Multiplique lá então também o orçamento da saúde por 40 anos e chega a uns belos 400 mil milhões. Pois… lá se foi o brilhante argumento de V. Exa. É feio deturpar as realidades só para procurar ter razão. Em menos linhas desmontei o seu argumento. Para a próxima seja intelectualmente honesto. Até, porque se reparar, nem estamos em campos tão opostos quanto isso. Partilhamos a ideia que a corrupção e a bandalheira que o país viveu nos últimos 40 anos tem de acabar. Mesmo assim não será suficiente, na minha opinião, para que as contas comecem finalmente a dar certo.

  20. Pedro Diniz, perdeu uma excelente oportunidade de ter a boquinha fechada…

    Caro Argentina, eu já percebi há muito tempo que você tal como quase toda a gente discorda das PPPs. Mas também que se indignam muito mais com gastos anti-austeridade, do que com gastos na corrupção.

    Gostaria que me dissesse em que parte é que eu escrevi que as PPPs custavam 40 mil milhões “por ano”. O valor que eu indiquei é o custo total estimado durante os cerca de 30 anos de duração previstos para as actuais PPPs.

    Ao longo da sua existência as PPPs custarão 26 mil milhões calculados pela Direcção Geral do Tesouro e Finanças, e não se esqueça que a isto deveremos somar os encargos com as obras rodoviárias – auto-estradas e SCUTs – somam mais de 21,5 mil milhões… E quantas destas auto-estradas são totalmente inúteis e redundantes? Há que juntar ainda 3,1 mil milhões em PPP no sector da Saúde e 364 no sector da Segurança, indica o semanário Expresso. Só aqui até já ultrapassamos os tais 40 mil milhões que referi por baixo. Já vamos em cerca de 50 mil milhões sendo que a duração média das PPP são uns 30 anos, temos em média os tais 1,6 mil milhões que referiu (mais de 1% do PIB).

    Recorde-se que os credores internacionais emprestaram a Portugal 75.400 milhões de euros… Já pensou de que forma estes 50 mil milhões gastos com PPPs poderíam ter sido ou vir a ser usados para evitar ou pagar dívida?

    Quando temos um défice de cerca 12 mil milhões em 2014 e sabemos que quase metade se deveu a capitalizar o BES e PPPs… E quando sabemos que em 2015 vai ser a mesma coisa com BANIF e PPPs, eu pergunto: Está-me o Argentina a falar a mim em Demagogia? Tem a desfaçatez de me falar em honestidade intelectual quando se anda a discutir o peso que as medidas anti-austeridade têm no Défice em vez de referir o peso que o BES, o BANIF e as PPPs têm no défice?

    As medidas anti-austeridade que deviam ser prioritárias, não conseguem ser levadas a cabo por causa do peso que Bancos e PPPs têm no défice! Que tal exisgir que se deixe de pagar corrupção para pagar salários e pensões com as respectivas quantias? Não seria isso sim, honestidade intelectual?..

  21. Caro Miguel Queiroz. Apenas sou contra quando se pretende trabalhar os números para reforçar ideias. E bem sabemos que os números permitem qualquer leitura, basta baralhá-los e voltar a dar. No geral estamos de acordo. Bem sei que o país ficava muito melhor sem a 13ª autoestrada a ligar dois locais por onde não passa nenhum carro, sem os milhões das ppps e da corrupção. Sabe-se que alguns contratos das ppps foram revistos (ainda com alguma poupança anual) e estou certo que em outros casos o caminho não poderá ser outro. O ideal é mesmo procurar remediar o que está para trás e impedir (legalmente) que novas situações possam ocorrer. Talvez com isso possamos de uma vez por todas corrigir o défice público. De resto, as empresas não aguentam mais o espartilho fiscal a que estão sujeitas.

  22. Sim concordo plenamente. Aliás, nem as empresas aguentam mais o carga fiscal (sobretudo PMEs, claro) nem aguentam as burocracias, os licenciamentos, os alvarás que demoram eternidades, as ASAEs que só chateiam por coisas absurdas e descontextualizadas do nosso grau de desenvolvimento e do nosso nível de vida, a Justiça que não funciona deixando os caloteiros à vontade, etc…

    Mas quando falamos nas empresas como motor da economia (que o são certamente), não podemos esquecer a força produtiva da empresa que são os seus assalariados que não são menos fonte de produção de riqueza do que a sua supra-estrutura – A empresa. Eu também conheço muita empresa que se tem aproveitado das novas leis laborais para só contratar trabalho precário, recebendo incentivos do Estado para contratos temporários de ordenado mínimo e depois mandando o pessoal pra rua antes de poderem passar a efectivos. Depois ainda pedem a essas pessoas que ficam a ganhar subsidios de insersão, que fiquem a trabalhar pra eles por fora sem declarar. Depois à custa deste oportunismo, andam de Mercedes e BMW com casas de luxo em vários pontos do país.

    Quando temos um Governo de um país pelintra como o nosso, que aninda no ano passado gastou 360 milhões em frotas automóveis, sendo que a maioria do custo foi em extras de luxo… Já podemos ver o belo exemplo que vem de cima.

    É só por isto que eu tanto me indigno com a imoralidade e ilegitimidade de tanto enriquecimento ilícito e tanta polarização de riqueza numa sociedade tendencialmente oligárquica e plutocrata. O que de resto é sinal de terceiro-mundismo. Veja-se o Zaire ou a Bolívia… E depois compare-se com a Suiça e com a Suécia. Em quais destes países é que há maior polarização de riqueza com uma população miserável a sustentar meia dúzia de milionários corruptos?
    Assim se pode concluir como estas leis laborais só levam ao atraso e ao sub-desenvolvimento do país… À la República das Bananas.

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